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28.3.17

O. M. M. ORGANIZAÇÃO METEOROLÓGICA MUNDIAL





A Organização Meteorológica Mundial (OMM) é uma agência especializada da Organização das Nações Unidas.[2]

 É sucessora da Organização Meteorológica Internacional, criada em 1873.[3]

 
É o Organismo Internacional autorizado pelas Nações Unidas com ação no que diz respeito ao comportamento da atmosfera da Terra, sua interação com os oceanos e clima resultante, e respectiva distribuição de recursos hídricos.
Sua sede está localizada em Genebra na Suíça.[3]
 
Foi criada em 1950, por resolução da Assembléia Geral e em 1951, um ano após, converte-se em organismo responsável das Nações Unidas para a meteorologia no que diz respeito ao tempo, ao clima e ciências afins e correlatas.[3]
 
Em outras palavras é responsável pelo equacionamento do tempo e clima em todo mundo, atualmente conta com 193 membros.[3]
 
Posteriormente seu mandato foi ampliado para incluir a hidrologia operativa (estudo do comportamento pluvimétrico ou chuvas em várias regiões do mundo).

Entre sua diversas finalidades podem-se citar:
  • Coordenar as atividades dos membros participantes a fim de gerar trocas de informações sobre o tempo, água e clima sob a égide de normas internacionais;
  •  
  • Realizar investigações a nível nacional, internacional e mundial, quando solicitado por um país membro ou quando ocorre um evento meteorológico de monta local, regional ou mundial, causada por intempéries como furacões, ciclones, trombas d'água, chuvas torrenciais e outros eventos atmosféricos;
  •  
  • Fornecer a profissionais um nível de formação reconhecido internacionalmente a partir de fundos que banquem estudos de profissionais de ação relevante na área;
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  • Facilitar o desenvolvimento de serviços que melhorem o bem-estar e a segurança da coletividade, das nações e do próprio planeta.
Na verdade é um mecanismo internacional que prevê que todas as nações-membros devem colaborar mutuamente de forma efetiva, fornecendo dados e material necessários para prever ou, se possível, antecipar algum evento ou cataclisma meteorológico, com apoio de satélites geo-estacionários inclusive.

Referências

 


  1. «WMO in brief» (em inglês). World Meteorological Organization. Consultado em 27 de novembro de 2012. Arquivado do original em 7 de maio de 2013

 

Ligações externas

 

Furacão Catrina Portal da
meteorologia

  •  
  • «UNDG Members» (em inglês). Organização das Nações Unidas. Consultado em 27 de novembro de 2012. Arquivado do original em 11 de maio de 2011


  • furacao alex2017-03-28 (IPMA)

    OMM retira os nomes Matthew e Otto da lista de furacões

    Os nomes Matthew e Otto foram substituídos por Martin e Owen na lista rotativa de nomes utilizados para os ciclones tropicais devido aos elevados danos e numerosas mortes causadas em 2016, nas regiões do Mar das Caraíbas, Golfo do México, Atlântico Norte e leste do Pacífico Norte.

    O Comité de Furacões da Associação Regional IV (América do Norte, Central e Caraíbas) da Organização Meteorológica Mundial (OMM) tomou esta decisão durante a sua 39ª sessão, e onde Portugal esteve representado, que decorreu entre 23 e 26 deste mês de março, em San José da Costa Rica.

    "A OMM e os seus membros estão continuamente a trabalhar, baseando-se nos impactos e nos diversos riscos, como a velocidade do vento, a sobreelevação do nível do mar de origem meteorológica (storm surge) e inundações costeiras ou continentais, para fornecer serviços de previsão e alerta precoce cada vez mais precisos ", disse Wenjian Zhang, subsecretário-geral da OMM.

    "Tem havido um enorme progresso na redução de perda de vidas e bens aquando da ocorrência de ciclones tropicais e de outros fenómenos extremos. Sem avisos atempados e precisos e sem coordenação e cooperação regional, as baixas devido ao furacão Matthew teriam sido muito mais elevadas. ", disse Zhang.

    A atividade dos ciclones tropicais na bacia atlântica, durante a época de 2016, esteve acima da média 1981-2010, de acordo com o centro meteorológico regional especializado de Miami da OMM (US National Hurricane Center). Formaram-se 15 tempestades tropicais, das quais 7 tornaram-se furacões e 4 atingiram categoria 3 ou superior na Escala de Vento de Furacões de Saffir-Simpson.


    O RSMC Miami assume a liderança no fomento da coordenação e formação regional e no desenvolvimento de melhorias quer em alertas quer nas atividades operacionais.



    21.3.17

    O INVERNO DE 2016 A 2017

    Inverno 2016  -  /2017

    https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCGjS4UHw8Ifv1OL2_E1VDRk9t2nrC2uOqE9n2gqAX5F-l6Nli6rpWsBJzThPzY7BEStuXN3QCCf5RGQ36oU5wABxzwUAx23LPqenYDEz7p2xHDR0-8_fX8d2Je_HsY0YYyhlWe9NMFu6K/s1600/chuvas.jpg
    INVERNO PELOS CAMPOS *


    2017-03-20 (IPMA)

    O inverno 2016/2017 (dezembro, janeiro e fevereiro) em Portugal Continental classificou-se como normal em relação à temperatura e seco quanto à quantidade de precipitação.
    A temperatura média no trimestre foi de 9.91°C, superior em +0.30°C relativamente ao normal. O valor médio da temperatura máxima, 14.86°C, foi superior ao valor normal, com uma anomalia de +1.06°C, sendo o 4º valor mais alto desde 1931. O valor médio da temperatura mínima do ar, 4.95°C, foi inferior ao valor normal, com uma anomalia de -0.48°C.
    O valor médio da quantidade de precipitação no trimestre dezembro-fevereiro, 242.5 mm, foi inferior ao valor médio correspondendo a 69 % do valor normal.
    De destacar no inverno de 2016/2017:
    •    No dia 19 de janeiro foram ultrapassados os anteriores maiores valores absolutos da temperatura mínima do ar em estações meteorológicas automáticas com séries de cerca de 20 anos;
    •    Entre 14 e 26 de janeiro observou-se uma onda de frio com duração de 6 a 12 dias, em alguns locais das regiões do Centro e litoral da região Sul;
    •    Entre os dias 1 e 4 de fevereiro ocorreram valores de rajada superiores a 100 km/h em alguns locais das regiões Norte e Centro. O valor mais elevado ocorreu na estação meteorológica da Guarda às 04:20 UTC, 129.6 km/h, valor que ultrapassou o anterior máximo (129.2 Km/h em 23 de janeiro de 2009);
    •    Inundações no dia 11 de fevereiro no sotavento Algarvio, e em particular no concelho de Vila Real de Santo António. Valor máximo em 1h de 57.8 mm entre as 18 e 19 UTC;
    •    Queda de neve em todos os meses do trimestre sendo de realçar o dia 19 de janeiro com relatos de queda de neve fraca no sotavento algarvio (S. Brás de Alportel e Serra do Caldeirão);
    •    No final de dezembro 78% do território estava em seca fraca; final de janeiro 95% do território em seca fraca e 3% em seca moderada; final de fevereiro diminuição significativa da área em seca, ficando apenas 57% do território em seca fraca.

    Imagens associadas

    • Figura 1 – Temperatura e precipitação no inverno 2016/17 (período 1931/32 – 2016/17)
      Figura 1 – Temperatura e precipitação no inverno 2016/17 (período 1931/32 – 2016/17)
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    • * Fotografia inserida no J.P.E.G. blogspot. com

    4.3.17

    AS OLIVEIRAS MAIS ANTIGAS DE PORTUGAL







    Oliveira mais antiga de Portugal nasceu há 3350 anos *

    A oliveira das Mouriscas

    As obras da barragem do Alqueva abriram uma oportunidade única para que fossem abatidas centenas de árvores e testar um método de datação das oliveiras milenares.

    Um misto de respeito e perplexidade são inevitáveis quando se observa um dos seres vivos mais antigos de Portugal. Foi recentemente datado como tendo a espantosa idade de 3350 anos, como se pode ler na página online do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas. É uma oliveira. A sua sombra, certamente, acolheu celtas, iberos, lusitanos, celtiberos, cónios, romanos, visigodos, alanos ou árabes que se alimentaram das azeitonas que produziu. É contemporânea do faraó Ramsés II e de Moisés (1250 anos a.C.).
    Continua de pé e a produzir azeitona na freguesia de Mouriscas, concelho de Abrantes, revelando um estado vegetativo que lhe permite acrescentar mais uns séculos à sua tão longa existência se, entretanto, as acções do homem não a reduzirem a lenha.

    datação foi cientificamente comprovada em 2016 pelo professor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) José Penetra Louzada, que descobriu o único método existente a nível mundial para datar árvores antigas quando o seu interior se encontra oco, como é o caso das oliveiras milenares.

    Desde 2008, ano em que foi registada a patente, a UTAD “já datou mais de uma centena de oliveiras milenares”, adiantou ao PÚBLICO José Louzada. Entre os exemplares observados, encontra-se a “árvore das Mouriscas que está entre as mais antigas do mundo”, salienta o docente. Antes deste exemplar, estava em primeiro lugar, na lista portuguesa, “outra oliveira em Santa Iria da Azoia, com 2850 anos, que esteve em risco de ser derrubada para alargar uma rotunda”, observa. A população movimentou-se para que fosse datada e hoje a comunidade tem orgulho da sua árvore, que deixou de ser vista como um “empecilho”. Não faltam placas a assinalar o local aos visitantes.

    Para a pesquisa do novo método de datação foram decisivas as obras da barragem do Alqueva e a construção de auto-estradas no Alentejo, refere o docente, salientando a necessidade que houve em “derrubar muitas centenas de árvores que ficaram disponíveis para elaborar o estudo, durante mais de uma década de trabalho.”

    Os dois métodos de datação até então existentes tinham como base a identificação e contagem dos anéis ou a análise de radiocarbono da madeira formada nos primeiros anos de vida. Contudo, a observação implicava danificar parte dos troncos. E nenhum deles funcionava com as oliveiras milenares por estarem ocas. Louzada desenvolveu uma fórmula matemática para a sua datação que não danifica as espécies e se baseia em padrões de crescimento através de medições do diâmetro, altura e perímetro das oliveiras. 

    Para terem a certeza que o método padrão definido para as oliveiras estava correcto, pediram a colaboração do Instituto Tecnológico e Nuclear para fazerem datação a carbono 14, e verificou-se que “coincidia a 100%”, acentuou o especialista. 

    Árvores à venda

    O desafio para a obtenção de um novo método que se adequasse às oliveiras foi lançado por Soares dos Santos, proprietário de uma empresa de venda de árvores milenares. A dada altura, quando pretendia exportar exemplares para o estrangeiro, era confrontado com a exigência do comprador de um certificado sobre a idade das árvores passado por uma entidade credível e independente.

    “Toda a investigação, incluindo o fornecimento de exemplares para estudo, registo da patente, tudo foi pago pela minha empresa”, adiantou ao PÚBLICO Soares dos Santos. A patente deste método está registada na proporção de 50% para UTAD e 50% em nome pessoal do empresário.

    Soares dos Santos diz que está ligado ao transplante de árvores, em especial oliveiras, há mais de 15 anos. E foi para se distinguir da concorrência neste comércio que financiou a pesquisa de um novo método de datação. “Assim agrego um certificado de idade à oliveira vendida ao cliente mediante um método patenteado que tem apenas uma margem de erro de 2%”, assinala Soares dos Santos, realçando a importância da construção da barragem do Alqueva neste processo e de outras obras públicas. “Levaram ao arranque de milhões de oliveiras que até a essa data era impensável serem removidas”, revela o empresário, sublinhando que, neste número, “encontravam-se milhares de árvores centenárias e milenares cujo destino seria a destruição para lenha.” 
    A sua recuperação para venda como árvores decorativas de jardins públicos, privados, adegas, lagares, campos de golfe, hotéis “permitiu que fossem salvas milhares de oliveiras centenárias.” Em relação às árvores milenares diz ter negociado “apenas algumas dezenas” com destino a Espanha, França e o Dubai, essencialmente.

    Na realidade, a quase totalidade das árvores milenares “são zambujeiros, também conhecidas por oliveiras bravas que foram enxertadas” para produzir um fruto maior e desta forma obter mais volume de azeite, refere José Louzada, salientando a “capacidade de regeneração praticamente infinita” desta espécie.

    É óbvio que as células iniciais de uma oliveira milenar “não estão lá, já morreram há muitos séculos, mas houve uma regeneração e desta forma vive quase perpetuamente”, explica. 

    A oliveira de Mouriscas é originariamente um zambujeiro que foi enxertada e produz duas qualidades de azeitona. Quando se suspeitou que poderia ser a mais velha de Portugal, um grupo de cidadãos desta freguesia pediu que a árvore fosse datada e certificada. O investigador da UTAD, juntamente com a empresa Oliveiras Milenares, fizeram a recolha dos elementos e foi confirmado que tem a idade de 3350 anos.
     O certificado foi atribuído em Setembro de 2016.

    Ler mais AQUI
    *Fonte da notícia Jornal " Público " Março de 2017
















    A árvore mais antiga que se conhece em Portugal é uma oliveira com 2850 anos. Localiza-se em Santa Iria de Azóia (Loures) e chama-se “Portugal”. Tem 10 metros e 15 centímetros de diâmetro e, apesar da idade, ainda dá azeitonas!
    Segundo a Autoridade Florestal Nacional, a árvore mais antiga de Portugal é uma oliveira do concelho de Loures, contemporânea da civilização romana: para abraçar o seu tronco são necessários cinco homens. Antigamente, até meados do século XX, existia ali um grande olival, agora resta apenas uma.
    O método de datação foi desenvolvido pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em parceria com a empresa Oliveiras de Portugal, e tem como mentores os investigadores do departamento de Ciências Florestais e Arquitetura Paisagista José Luís Louzada e Pacheco Marques.
    oliveira-antiga
    Para determinar a idade é analisado o diâmetro ou o perímetro do tronco, estudam-se ainda outras árvores, com características idênticas, para depois, de forma comparativa, se ir preenchendo a parte interior como se fosse um puzzle.
    Este método não provoca a destruição da árvore, pois não obriga ao seu abate, nem provoca lesões que comprometam a sua saúde. E permite estimar a idade de qualquer árvore muito idosa, podendo ir até aos três mil anos, mesmo que esta se apresente oca no seu interior.
    Portugal, em matéria de recordes, orgulha-se de ter a azinheira com maior projeção de copa da Europa, em Lugar das Matas, Santarém, e o carvalho mais antigo da Península Ibérica em Calvos, Braga, que tem 500 anos.
    árvore-mais-antiga
    Tem ainda o eucalipto mais alto da Europa, com 72 metros, na Mata Nacional de Vale de Canas, Coimbra, que sobreviveu ao grande incêndio de 2005.
    A classificação, restrita a espécies do Continente, é feita pela Autoridade Florestal Nacional (AFN) com base na longevidade, no porte, no desenho e na raridade das árvores, mas também em motivos históricos e culturais.