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31.3.14

PORTUGAL A COR DA PELE

Crioulos europeus famosos 


Crioulos

Crioulos
 
Crioulo, em termos étnicos, tem três acepções: pode ser o branco nascido fora da Europa, ou pode ser sinônimo de negro ou de mestiço. Eram os descendentes de espanhóis nascidos na América espanhola. Possuíam grandes propriedades e atuavam no comércio.
 
 Muitos de seus filhos iam realizar os estudos superiores na Espanha e, ao voltar, exerciam as carreiras de médico, advogado, oficial do exército, entre outras.
 
 Os filhos dos grandes aristocratas europeus - em especial espanhóis - que tinham filhos nascidos em terras americanas, chamavam a seus filhos de criollo.
 
 O termo era, então, usado como sinônimo para todo aquele que nascesse fora de seu país de origem. Atualmente, o termo apresenta várias nuances desse significado original, dependendo de cada país ou região da América espanhola. 
 
Por exemplo, na Argentina, o termo é utilizado geralmente para referir-se aos descendentes dos antigos colonizadores espanhóis que vivem no interior do país, mas não aos descendentes dos imigrantes mais recentes, mesmo que descendentes de espanhóis.

“Aos negros ... é permitido casar não apenas entre eles, mas também com gente de outra cor. 

Esses cruzamentos tornaram o país repleto dos mais diferentes exemplares de mostrengos humanos. Um branco e um negro geram um mulato.

 O mulato une-se então a um negro ou a um branco, e com isso formam mais duas variantes chamadas mestiços. Esses mestiços de branco então unem-se a mestiços de negros ou brancos, ou mulatos; e assim, são tantos os ramos em que se desdobram com tais cruzamentos, que se torna difícil distingui-los com designações exactas, embora sejam facilmente identificáveis no geral pelos seus tons de pele.”

A descrição não corresponde a nenhuma ilha de Cabo Verde ou outro território crioulo colonizado no pós-Descobrimentos, mas sim ao Portugal de setecentos e foi retirada da obra do Reverendo inglês Dr. John Trusler datada de 1747, onde ele condensou depoimentos de vários viajantes estrangeiros
.
O autor continua: “a raça portuguesa de origem foi por tal forma degradada que ser um Blanco, isto é um branco de verdade, tornou-se título honorífico: e assim, quando um português diz que é Blanco, não quer dizer que a sua pele o seja, mas apenas que se trata de uma pessoa de família de certa importância”. Afinal de contas, a expressão cabo-verdiana djam brancu dja (já me tornei branco, porque já tenho posses) tem antepassados longínquos na ex-Metrópole!

Era assim em toda a Península Ibérica como descreve outro viajante inglês, Richard Twiss, que depois de passar por Lisboa em 1772/73, cidade onde segundo ele “um quinto dos seus habitantes era composta de pretos, mulatos e de várias nuances entre o branco e o preto”, copiou em Málaga, Espanha, dezasseis legendas de painés que mostravam diferentes tipos de mestiços: 

mulato, cruzamento de branco espanhol com negro

; morisco, espanhol com mulata;

 alvino, morisco com espanhol; lobo, negro com índio; 

sambaigo, lobo com índio;

 cambujo, sambaigo com mulato;

 albarassado, cambujo com mulato;

 barzino, albarassado com mulato; 

negro de cabelo liso, barzino com mulato. 

Convenhamos que em termos de denominação das “novas” castas crioulas, os espanhóis conseguiram ser mais sofisticados que os portugueses...
Estas notas retiradas do livro “Os Negros em Portugal – uma presença silenciosa” do brasileiro José Ramos Tinhorão dão que pensar em relação à origem da conhecida expressão de que “a África começa nos Pirinéus”...muito utilizada por outros povos europeus para designar de forma depreciativa os povos ibéricos.

A criação do mulato e o poço dos negros
A criação do mulato pelos portugueses é um fetiche que o lado macho da sociedade lusitana gosta de entreter, numa exaltação fálica e masculina, esquecendo-se que muitos mulatos eram filhos de mulheres brancas e homens negros, situação normalmente não mencionada.

 A própria palavra mulato deriva do termo mula, ou seja um híbrido entre cavalo e jumenta ou égua e burro.

 Outras fontes acham que deriva da palavra árabe “mwallad” que significa a mistura de árabes com não-árabes, quaisquer das origens igualmente pejorativas.
O poço dos negros contruído em 1551 em Lisboa pelo Rei D. Manuel – era o buraco “o mais fundo que pudesse ser, no lugar que fosse mais convinhável e de menos imconvinyente, no qual sellãçassem os dito escrauos” e onde se devia jogar regularmente cal virgem, “pera se milhor se gastarem os corpos...”.

 As manchas negras da sociedade deveriam ser apagadas e escondidas da História com cal branca, nada mais simbólico!
Uma coisa é exaltar os mulatos feitos além-mar, outra coisa bem diferente é reconhecer essa mesma “mulatagem” dentro de portas.
Mestiços famosos: Padre António Vieira, Marquês de Pombal, Almada Negreiros e CR7

Padre António Vieira – homem de inteligência invulgar, politico e diplomata, considerado um sábio na corte portuguesa e famoso pelos seus sermões, era um mestiço de pele morena que nasceu em 1608 em Portugal, morou em Salvador da Bahia, Brasil a partir dos 6 anos, e escreveu o seu primeiro livro aos 16 anos. Foi considerado o mais importante escritor da Literatura Barroca portuguesa.

 Há referências de que a sua ascendência mestiça tem origem em Cabo Verde. Passou algumas vezes por Cabo Verde, pregou na Cidade Velha e terá recomendado ao Rei de Portugal que abrisse uma escola para os habitantes da colónia que mostravam uma inteligência fora do vulgar, que viria a ser a primeira escola missionária feita pelos portugueses em África. 

Tratava carinhosamente os caboverdeanos por “conterrâneos” e “povo gentil”, sendo famosa a sua citação de que na Cidade Velha encontrou clérigos e cónegos locais dotados de uma sabedoria que fariam inveja aos melhores do Reino. 

MARQUÊS DE POMBAL 

Governou Portugal durante 27 anos, responsável pela reconstrução de Lisboa após o terramoto de 1755, pela extinção da Inquisição e pela lei de 19 de Setembro de 1761, que põe fim a trezentos e vinte anos de importação de mão-de-obra escrava para Portugal.

 Uma outra lei pombalina de 1773, conhecida como ”Lei do Ventre Livre”, estipulava “que aqueles cuja escravatura remonta à sua bisavó sejam libertos e emancipados, mesmo que as mães e avós tenham sido escravas”.

 Nessa altura a psicose com a mestiçagem é tão grande em Portugal, que são exigidos certificados de pureza genealógica a cada candidato à participação na gestão pública (Loude, Lisboa na Cidade Negra). Ironia do destino (ou não), Pombal tinha uma bisavó negra, escrava-amante do seu bisavô que era padre.

José Almada Negreiros -

 brilhante artista multidisciplinar, poeta e pintor futurista, nasceu em São Tomé e Príncipe em 1893, filho de uma abastada mestiça sãotomense e de um tenente de cavalaria português, administrador do Concelho de São Tomé. Um homem admirado pela sociedade portuguesa, cuja carapinha não escondia as suas origens.

Cristiano Ronaldo -

 nascido em 1985 na ilha da Madeira, actualmente o melhor jogador de futebol do mundo. O que CR7 veste, come, diz (ou não diz) é seguido e imitado por milhões. As suas putativas costelas cabo-verdianas têm gerado muita polémica.

 Segundo várias fontes, incluindo a irmã mais velha, a bisavó materna de CR7 é uma cabo-verdiana que terá ido trabalhar para a Madeira e por lá ficou, casou e deixou descendência à semelhança de outros milhares ou milhões de africanos. So what?! Para a ilha da Madeira foram levados escravos para as plantações de cana de açúcar, desde guanches das ilhas Canárias, até mouros e negros africanos.

 Por essa via, existe uma grande probabilidade de CR7 ter outras costelas africanas mais remotas, à semelhança de qualquer madeirense, açoriano, algarvio, etc. E convenhamos que não poderemos censurar quem afirme que a potência atlética, velocidade, altura e compleição física de CR7 são muito pouco lusitanas e muito mais típicas de atletas africanos. 

Certamente não poderemos também censurar quem afirme que Eusébio foi o que foi por ser um mulato filho de pai branco e mãe negra! Há também quem sustente que a mistura apura, correndo o risco da teoria ser também apelidada de racista.... CR7 será apenas mais um entre a mais que provável esmagadora maioria dos portugueses, que para além de terem ascendência de godos, visigodos, celtas, lusitanos, também possuem sangue de mouros azenegues e negros das mais diversas etnias

Porquê mouros e não negros?

É comum em Portugal chamar “mouros” aos habitantes do sul do país, recordando a ocupação moura do país entre os anos de 711 e 1492.  Sabe-se que houve uma grande miscegenação nessa altura entre os habitantes da península ibérica e os mouros invasores, que por vez já eram resultado de misturas raciais entre povos berberes, árabes e negros subsarianos.
E a intensa miscigenação entre portugueses (já com sangue mouro) e os negros que foram trazidos aos milhares entre os séculos XV e XIX? Porque razão não se fala disso? Porque razão esta história mais recente foi abafada e se prefira falar na outra mais antiga em que os povos ibéricos foram subjugados e humilhados pelos invasores mouros durante quase 800 anos?!
As mesmas perguntas poderiam ser colocadas em relação a Espanha. Ou em relação a mais países europeus. Quantos europeus sabem que a esposa de Napoleão era uma crioula branca vinda da Martinique (ilha dos Kassav)? Ou que o grande escritor francês Alexandre Dumas, autor de “Os Três Mosqueteiros”, entre outras obras, era neto de um marquês e de uma escrava negra vinda do Haiti?
Alexander Pushkin, um russo mestiço com ascendência africana é reconhecido como o pai da moderna literatura russa e o maior poeta russo, e foi considerado o homem mais inteligente da Rússia pelo Czar Nicolau. Pushkin tem descendentes vivos na aristocracia inglesa.
Somos todos africanos (The Empire strikes back!)
Meu caro irmão lusitano, não te apoquentes com a tua mais que provável origem africana recente, seja ela moura ou negra.

 Os marinheiros são assim, aventureiros, e as aventuras têm consequências, deixam rastos. E os ingleses têm razão, “the Empire strikes back”!
Ao que parece somos irmãos ou primos (como preferires) duas vezes. 

Somos ambos descendentes do senhor e dos seus escravos. Mas não deixes que isso te tire o sono, porque no final, e espero que isto te alivie, todos viemos de África, mais cedo ou mais tarde. Afinal não foi da Mãe África que veio a espécie humana?

 É uma questão de relativização temporal. O planeta Terra tem 4,5 biliões de anos. Segundo os cientistas, o homo sapiens emigrou da África para a Europa e Ásia há 60.000 anos, apesar de alguns hominídeos terem saído do continente africano há cerca de 200-400 mil anos.
Perante desta grandeza de números, o que significam cerca de 400 anos de convivência recente? E essa história das raças? Mesmo o mais lourinho dos suecos veio de África. Só existe uma raça, a humana. E no final, o que foram os Descobrimentos a não ser um regresso recente à Mãe África?!
Crioulos europeus menos famosos

Curvo-me perante a memória (injustamente esquecida) dos milhões de escravos anónimos e seus descendentes que ajudaram a construir o mundo lusófono em que hoje vivemos.


 Dos negros das touradas que desafiavam os touros a pé, da corajosa Preta da Cartuxa e da preta Fernanda que toureava a cavalo em Algés, dos trabalhadores anónimos nos campos do Alentejo, Algarve e Andaluzia, aos das docas de Lisboa, Porto, Sevilha e Málaga, dos músicos que acompanhavam as procissões religiosas, dos negros e seus descendentes que integravam e até fundaram e geriram algumas confrarias religiosas, dos guitarristas, poetas populares e cantores que fizeram o fado, enfim, dos milhares que entre os séculos XV e XIX trabalharam arduamente lado a lado com os restantes portugueses e espanhóis na construção do que são hoje essas duas nações europeias.

Com esta sequência de 5 crónicas dedicadas aos Crioulos Europeus, iniciamos uma viagem pelo complexo mundo da escravatura e dos povos crioulos daí resultantes, começando pela própria Península Ibérica.


 Tentamos igualmente demonstrar que todos os povos em alguma parte da sua história foram escravizados e escravizaram, que foram escravos e senhores e que por isso mesmo apontar o dedo a quem quer que seja não só não nos ajuda a construir um mundo melhor, como pode ainda ser um bomba *



Texto da autoria de José Almada Dias.

ANDY WARHOL

1928 - 1987

   Apesar da estima crescente de que Andy Warhol gozava nos meios da publicidade e do luxo, ele aspirava a ser reconhecido como artista, como « verdadeiro » artista, cujos quadros seriam a única recomendação e atingiriam, quando não ultrapassassem mesmo, o valor dos bens de consumo cobiçados.
Sabe-se que Warhol escondia os seus trabalhos comerciais, quando esperava a visita de coleccionadores de arte no seu estúdio, pois mesmo na Nova Iorque dos anos 50, a arte comercial tinha fama de ser de mau gosto.
Não era ela sinónimo de cálculo, rotina, reprodução, mecanização e até mesmo mentira?Não era ela o oposto da arte « autêntica », este verdadeiro espelho da alma e do coração, sentido e não fabricado, incondicional e eternamente consagrado à verdade?
Provavelmente o futuro artista conhecia já os lugares comuns.
 No entanto, Andy Warhol conservou sempre, além do atelier para a arte- arte ,um outro para o trabalho publicitário comercial.
 E se, por fim, este estúdio comercial se ocupava apenas da comercialização dos seus próprios produtos, isto prova a inteligência superior de Warhol, assim como a sua sensibilidade para os critérios de valor do meio artístico.*



* WARHOL
  Klaus Honnef
 TASCHEN / PÚBLICO.

Andy Warhol. Auto retrato 1963 a 64.
                                                           
 Auto retrato de Andy Warhol vendido  por 38,4 milhões de dólares num leilão da casa Christie,s em Nova Iorque no dia 12 de Maio de 2011. Algo como 27 milhões de euros.

29.3.14

HORA DO PLANETA 29 DE MARÇO DE 2014



A Hora do Planeta assinala-se no último sábado de Março e incentiva os cidadãos a desligar a electricidade entre as 20:30 e as 21:30 e chamar a atenção para a importância de mudar comportamentos, em benefício do desenvolvimento sustentável


Portugueses de 85 localidades juntam-se à Hora do Planeta e apagam as luzes em casa, nas empresas ou monumentos, alertando para a necessidade de proteger a natureza, iniciativa mundial que este ano propõe uma aula global de yoga.

A Hora do Planeta, que começou em 2007, assinala-se no último sábado de Março e incentiva os cidadãos a desligar a electricidade entre as 20:30 e as 21:30 e chamar a atenção para a importância de mudar comportamentos, em benefício do desenvolvimento sustentável.













Organizada pela WWF (fundação mundial de protecção da natureza), a Hora do Planeta é comemorada em Portugal desde há três anos e "pôs às escuras" monumentos como o Cristo-Rei, a ponte 25 de Abril, o Mosteiros dos Jerónimos, a Torre de Belém, o Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa, os palácios de Monserrate e Convento dos Capuchos, em Sintra, o Mosteiro da Batalha, o Castelo de Pombal, a Caravela de Lagos, o Castelo de Santa Maria da Feira e o Castelo de Bragança.

"Serão 85 as localidades a aderir à Hora do Planeta, por todo o país, como se tem passado desde há três anos para cá, [pois] temos atingido entre 90 e 100 cidades, um terço dos municípios portugueses. Achamos que este ano os números vão ser idênticos", disse hoje à agência Lusa Angela Morgado, da WWF Portugal.

MUDAR PARA A HORA DE VERÃO DESTE ANO DE 2014

Então é logo, pouco depois da uma da madrugada que não nos devemos esquecer de adiantar uma hora no nosso relógio.


Será o inicio da hora de Verão nesse domingo

29 -3 -2014 

28.3.14

PORTUGAL É RICO ?



A maior reserva de gás natural da Europa está na zona de Torres Vedras... 
E, apesar de tudo o que vão ler abaixo, já somos um país de auto-imigrantes, isto é, somos imigrantes no nosso país...
A quem pertencem as grandes empresas? E o resto do país? Pois.... aos estrangeiros. Por isso, somos imigrantes naquilo que devia ser nosso...

Portugal é um dos países mais ricos da UE, e não dos mais pobres!

Portugal é um dos poucos países no mundo que pode fechar as suas fronteiras, pois a natureza dá-lhe uma grande riqueza que contém tudo o que é necessário para que a sua população possa viver feliz e em paz!

A maior parte dos portugueses desconhece que o seu “pobre” país possuí:
Zona Económica Exclusiva Portuguesa

- A maior Zona Económica Exclusiva da UE, que é tão grande como todo o continente europeu.
- 80% de solo arável, mas está quase em completo abandono.
- Invejável rede hidrográfica a nível mundial.
- Grandes reservas de água doce, em aquíferos subterrâneos, quase inesgotáveis.
- As maiores reservas de ferro, da UE, de excelente qualidade.
- As maiores reservas de cobre da Europa (segundas do mundo).
- As maiores reservas de tungsténio (volfrâmio) da Europa.
- As maiores reservas de lítio da Europa.
- As maiores reservas de terras raras.
- As segundas maiores reservas de urânio da Europa.
- Grandes reservas mineiras de ouro, prata e platina.
- Grandes reservas de carvão mineral de excelente qualidade.
- E as incomensuráveis riquezas que as águas do Atlântico escondem.
- Uma das maiores reservas de petróleo da Europa ,que já vão ser exploradas na costa do Algarve, por companhias alemães e espanhola. Vão pagar a Portugal apenas 20 cêntimos por barril, enquanto ele já passou hà muito tempo os 100 dólares por barril.
-Reservas de gás natural e de xisto, que dá para Portugal pelo menos para 100 anos sem precisar de ninguém.

E isto é apenas a ponta do iceberg que circula pela internet,…
Portugal, é, possivelmente, o país mais rico da UE
.













DIVINDADES. JÚPITER - JUNO - NEPTUNO - CIBELE -VULCANO -VESTA - DIANA -MATUTA ou AURORA


deuses que simbolizavam os elementos e os fenómenos da natureza.

JUPITER -- Soberano dos deuses,simboliza o ar, e todos os fenómenos que ele produz; pelo que o representam armado de raio com a águia aos pés,ave que fabularam sua mensageira.

 
Júpiter e Juno, por Agostino Carracci, século XVI
Cônjuge(s) Juno
Pais Saturno e Cibele
Filho(s) Marte, Minerva, Vênus


JUNO -- Mulher e irmã de Jupiter, e rainha dos deuses, é representada de corôa e ceptro numa das mãos e na outra uma roca, num carro puxado por dois pavões por lhe ser consagrada esta ave,---IRIS sua mensageira, é representada coa asas de borboleta sobre o arco celeste.

 
Juno
Juno Sóspita, nos Museus Vaticanos
Cônjuge(s) Júpiter
Grego equivalente Hera




NEPTUNO --Simboliza o mar, representam-no coroado, por ser o deus dos mares, tendo por ceptro um tridente e servindo-lhe de carro uma concha puxada por dois cavalos marinhos.---AMFITRITE  era a deusa dos mares e esposa de Neptuno.


 

 

Neptuno na cidade de Nuremberg, Alemanha

 

 

CIBELE


Cibele com os seus tradicionais atributos: cornucópia, leão e coroa no formato de muralhas de uma cidade (mármore romano, c. 50 d.C.




VULCANO -- Simboliza o fogo, representam-no numa forja fabricando os raios para JUPITER ajudado pelos seus oficiais  ( CYCLOPES ou BRONTES ) gigantes que só tinham um olho na testa.


 
Vulcano
A Oficina de Vulcano, pintada por Diego Velázquez
Morada Júpiter
Pais Júpiter e Juno ou Juno e Vento





VESTA -- Simboliza o fogo terrestre, representam-no numa forja para significar a estabilidade da terra, com um facho aceso numa das mãos e na outra um disco ou prato.

 Ver a imagem de origem

 
Ruínas do Templo de Vesta
Reconstrução
Tipo Templo romano
Geografia
País Itália
Cidade Roma
Localização VIII Região - Fórum Romano
Coordenadas 41° 53' 29.99" N 12° 29' 10.54" E

Templo de Vesta está localizado em: Roma
Templo de Vesta
Templo de Vesta




DIANA--( deusa triforme ) --Como divindade celeste tinha o nome de PHEBE ( Lua ) como terrestre o nome de DIANA, deusa da  caça e como infernal o de PROSERPINA ou HECATE. Representam-na coroada de um crescente, com arco e aljava, e num coche puxado por corças.


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Diana
Diana, Estátua no Museu do Louvre
Arma(s) Arco
Pais Júpiter e Latona
Irmão(s) Febo
Diana, na mitologia romana, era a deusa da lua e da caça, muito poderosa e forte. Mais conhecida como deusa pura, filha de Júpiter e de Latona, e irmã gêmea de Febo. Ela é o equivalente romano da deusa grega Ártemis.[1]

Mitologia

Era muito ciosa de sua virgindade. Na mais famosa de suas aventuras, transformou em um cervo o caçador Acteão, que a viu nua durante o banho.


Indiferente ao amor e caçadora infatigável, Diana era cultuada em templos rústicos nas florestas, onde os caçadores lhe ofereciam sacrifícios.

 Na mitologia romana, Diana era deusa dos animais selvagens e da caça, bem como dos animais domésticos. Filha de Júpiter e Latona, irmã gêmea de Febo, obteve do pai permissão para não se casar e se manter sempre casta. Júpiter forneceu-lhe um séquito de sessenta oceânidas e vinte ninfas que, como ela, renunciaram ao casamento.


Diana foi cedo identificada com a deusa grega Ártemis e depois absorveu a identificação de Artemis com Selene (Lua) e Hécate (ou Trívia), de que derivou a caracterização triformis dea ("deusa de três formas"), usada às vezes na literatura latina. O mais famoso de seus santuários ficava no bosque junto ao lago Nemi, perto de Arícia.


Escultura de Diana
Pela tradição, o sacerdote devia ser um escravo fugitivo que matasse o antecessor em combate. Em Roma, seu templo mais importante localizava-se no monte Aventino e teria sido construído pelo rei Sérvio Túlio no século VI a.C.

 Festejavam-na nos idos (dia 13 de agosto). Na arte romana, era em geral representada como caçadora, com arco e aljava, acompanhada de um cão ou cervo.




MATUTA ou AURORA -- A festa desta divindade era celebrada pelas damas romanas.



 
Aurora
Aurora, deusa da manhã, e Titono, Príncipe de Troia. Por Francesco de Mura
Cônjuge(s) Titono

Eos
Aurora (em latim: Aurora, em grego: Αουρόρα), na mitologia romana é uma titânide e uma deusa do amanhecer.

 Aurora é equivalente à deusa Eos da mitologia grega e à deusa hindu Ushas.


Nas histórias romanas, Aurora renovava-se todas as manhãs ao amanhecer e voava pelos céus anunciando a chegada do amanhecer.


Aurora é filha dos titãs Hiperião e Teia, tendo como parentes seus dois irmãos, o Sol, divindade solar (equivalente a Hélio na mitologia grega) e Luna, a deusa da lua (equivalente a Selene, na mitologia grega). Também tinha muitos maridos e quatro filhos, os ventos Norte, Leste, Oeste e Sul, um dos quais foi morto.

Um de seus maridos era Titono, a quem ela havia inicialmente tomado como amante. Aurora pediu a Júpiter para conceder a imortalidade a Titono, no entanto, deixou de pedir-lhe a juventude eterna. Como resultado, Titono acabou envelhecendo eternamente.
William Shakespeare faz referência a ela em Romeu e Julieta.[carece de fontes]

 

Aurora, afresco de Guercino para o Casino di Villa Boncompagni Ludovisi

27.3.14

MANUEL ANTÓNIO PINA


                                             Os homens temem as longas viagens,
                                             os ladrões de estrada, as hospedarias,
                                             e temem morrer em frios leitos
                                             e ter sepultura em terra estranha.


                                            Por isso os seus passos os levam
                                            de regresso a casa, às veredas da infância,
                                            ao velho portão em ruínas, à poeira
                                            das primeiras, das únicas lágrimas.


                                             Quantas vezes em
                                             desolados quartos de hotel
                                             esperei em vão que me batesses à porta,
                                             voz da infância, que o teu silêncio me chamasse!


                                             E perdi-vos para sempre entre prédios altos,
                                             sonhos de beleza, e em ruas intermináveis,
                                             e no meio das multidões dos aeroportos.

OS HOMENS ... ( Foto J.P.L. ano de 2014 )
                   
                                             Agora só quero dormir um sono sem olhos
                                             e sem escuridão, sob um telhado por fim.
                                             À minha volta estilhaça-se
                                             o meu rosto em infinitos espelhos
                                             e desmoronam-se os meus retratos nas molduras.


                                            Só quero um sítio onde pousar a cabeça.
                                            Anoitece em todas as cidades do mundo,
                                            acenderam-se as luzes de corredores sonâmbulos
                                            onde o meu coração, falando, vagueia.*

Autor: Manuel António Pina 

Manuel António Pina

Jornalista
Manuel António Pina foi um jornalista e escritor português, premiado em 2011 com o Prémio Camões. Manuel António Pina nasceu em 18 de Novembro de 1943, no Sabugal, distrito da Guarda, na Beira Alta, filho de Manuel Pina e Ester Mota. Desde os 17 anos passou a viver na cidade do Porto.

Manuel António Pina

Manuel António Pina nasceu em 18 de Novembro de 1943, no Sabugal, distrito da Guarda, na Beira Alta, filho de Manuel Pina e Ester Mota.[1] Desde os 17 anos passou a viver na cidade do Porto.[2]
Tendo licenciado-se em Direito na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, foi jornalista do Jornal de Notícias durante três décadas, tendo sido depois cronista do mesmo Jornal de Música e da revista Notícias Magazine.
A obra de Manuel António Pina incidiu principalmente na poesia e na literatura infanto-juvenil embora tenha escrito também diversas peças de teatro e de obras de ficção e crónica. Algumas dessas obras foram adaptadas ao cinema e televisão e editadas em disco.
A sua obra se difundiu em países como França (Francês e Corso), Estados Unidos, Espanha (Castelhano, Galego e Catalão), Dinamarca, Alemanha, Países Baixos, Rússia, Croácia e Bulgária.
Em 2005, em 9 de maio, foi feito Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.[1][3]
Manuel António Pina faleceu no dia 19 de Outubro de 2012 no Hospital de Santo António, no Porto.[1][2]

Obras

Poesia
  • 1974 - Ainda não é o fim nem o princípio do mundo calma é apenas um pouco tarde
  • 1978 - Aquele que quer morrer;
  • 1981 - A lâmpada do quarto? A criança?
  • 1984 - Nenhum sítio.
  • 1988 - O caminho de casa.
  • 1991 - Um sítio onde pousar a cabeça.
  • 1992 - Algo parecido com isto da mesma substância (poesia reunida, 1974/1992)
  • 1993 - Farewell happy fields.
  • 1994 - Cuidados intensivos
  • 1998 - Pequena antologia de Manuel António Pina
  • 1999 - Nenhuma palavra e nenhuma lembrança
  • 2001 - Atropelamento e fuga
  • 2001 - Poesia reunida 1974-2001
  • 2003 - Os livros
  • 2011 - Poesia Saudade da prosa: Uma antologia pessoal
  • 2011 - Como se desenha uma casa
  • 2012 - Todas as palavras: Poesia reunida
Literatura infantil
  • 1973 - Gigões & anantes
  • 1973 - O país das pessoas de pernas para o ar
  • 1976 - O Têpluquê
  • 1976 - O livro dos porquês
  • 1983 - O pássaro da cabeça (poesia)
  • 1983 - Os dois ladrões (teatro);
  • 1984 - História com reis, rainhas, bobos, bombeiros e galinhas
  • 1985 - A guerra do tabuleiro de xadrez
  • 1986 - Os piratas (ficção);
  • 1987 - O inventão 
  • 1993 - O tesouro 
  • 1995 - O meu rio é de ouro = Mi río es de ouro
  • 1996 - Uma viagem fantástica
  • 1997 - Os piratas
  • 1998 - Aquilo que os olhos veem ou O Adamastor
  • 1999 - Histórias que me contaste tu
  • 2001 - A noite
  • 2001 - Pequeno livro de desmatemática
  • 2002 - Perguntem aos vossos gatos e aos vossos cães
  • 2007 - A Caneta Preta
  • 2009 - História do sábio fechado na sua biblioteca 
  • 2009 - O cavalinho de pau do Menino Jesus e outros contos de Natal
Outros
  • 1994 - O anacronista
  • 2000 - Lua negra. Dark moon
  • 2001 - Porto. Modo de dizer 
  • 2003 - Os papéis de K.
  • 2007 - Dito em voz alta : entrevistas sobre literatura, isto é, sobre tudo

Prémios

  • 1978 - Prémio de Poesia da Casa da Imprensa
  • 1987 - Prémio Gulbenkian 1986/1987
  • 1988 - Menção do Júri do Prémio Europeu Pier Paolo Vergerio da Universidade de Pádua, Itália
  • 1988 - Prémio do Centro Português para o Teatro para a Infância e Juventude
  • 1993 - Prémio Nacional de Crónica Press Club/ Clube de Jornalistas
  • 2002 - Prémio da Crítica, da Secção Portuguesa da Associação Internacional de Críticos Literários
  • 2004 - Prémio de Crónica 2004 da Casa da Imprensa
  • 2004 - Prémio de Poesia Luís Miguel Nava 2003
  • 2005 - Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores/CTT
  • 2011 - Prémio Camões[1][2]
  • 2012 - Prémio Teixeira de Pascoaes (póstumo)[1]

Referências


  1. «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Manuel António Pina". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 10 de setembro de 2017
Precedido por
Ferreira Gullar
Prémio Camões
2011
Sucedido por
Dalton Trevisan


Ligações externas

  • LHM (19 de outubro de 2012). «Biografia Multimédia de Manuel António Pina». Museu Nacional da Imprensa. Consultado em 10 de setembro de 2017. Cópia arquivada em 22 de agosto de 2017

  • Isabel Coutinho (19 de outubro de 2012). «Morreu o escritor Manuel António Pina». Público. Consultado em 19 de outubro de 2012. Arquivado do original em 19 de outubro de 2012 |wayb= e |arquivodata= redundantes (ajuda); |wayb= e |arquivourl= redundantes (ajuda); |urlmorta= e |datali= redundantes (ajuda)