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30.10.13

A SOCIEDADE MEDIEVAL PORTUGUESA


Entre as actividades mais queridas da nobreza e do clero, e com mais frequência praticadas, contava-se a caça. Na caça chegavam os nobres a passar semanas e meses. 


Nos princípios do século XIII censurava-se D. Sancho I por obrigar os clérigos a sustentarem-lhe cães e aves para a caça.
Caçavam o urso, javali, o lobo, o gamo, o cervo, o onagro, etc.
A caça alargava-se a burgueses e vilãos. Caçavam-se o coelho, a perdiz, o gamo, o cervo.
O nobre medieval exercitava-se na arte de cavalgar. Montar bem, exercitar-se a cavalo, fazer toda a sorte de manobras do alto da sela.

OITO SÉCULOS DE CAÇA EM PORTUGAL ( Foto de J.P.L. Ano de 2013 )
No livro cuja imagem de capa reproduzo podemos encontrar as melhores referências do pouco que aqui fica dito sobre a caça na época  medieval.


Uma vez a cavalo, o nobre medieval podia entregar-se a uma série de exercícios desportivos, todos eles mais ou menos violentos. Desses, destacavam-se as justas e os torneios.

Do século XII ao século XIV, os trovadores e os jograis desempenharam papel de relevo nos divertimentos da nobreza.



Também eram frequentes os espectáculos de danças populares.
Todos os festejos populares se faziam à base de música e de dança. Bailava-se em roda, cantava-se, batia-se com as mãos e os pés.
Havia danças só para mulheres e danças em que tomavam parte os dois sexos.
Os instrumentos mais utilizados eram a viola, a cítola, o alaúde, a harpa, o saltério, a rota, a giga, o tambor, o pandeiro, o atabal e as castanholas.




Marques, A. Oliveira "A Sociedade Medieval Portuguesa"

28.10.13

CABREIRO. ALDEIA DE CASCAIS


Eis aqui um exemplo de uma arquitectura interessante. 
ARQUITECTURA TRADICIONAL ( Foto de J:P:L. Ano 2013 )


QUE ainda convive com construções de traça moderna que nos surgem em qualquer recanto cá do burgo, mas que nem por isso  deixamos de apreciar bela sua singular beleza.

CHAFARIZ ( Foto de J.P.L. ano 2013 )
Estimado e limpo o chafariz é disso um outro exemplo.

São pequenas maravilhas destas que tornam agradáveis os largos passeios pelo Parque Natural Sintra Cascais. 

Nota-  acrescentei a informação sob estas linhas em 2017 * J.P.L. 


Plano de Pormenor do Cabreiro

LOCALIZAÇÃO: Núcleo urbano do Cabreiro, Freguesia de Alcabideche. 
 
A Câmara deliberou mandar elaborar o Plano de Pormenor do Cabreiro, em Reunião Pública de 26 de Abril de 2006, nos termos da proposta n.º 309/2006.

Os Termos de Referência do Plano de Pormenor foram deliberados em Reunião Pública de 9 de Abril de 2007, nos termos da proposta n.º 325/2007.

OBJETIVOS:

A elaboração dos PMOT’s da área do concelho de Cascais inserida no Parque Natural Sintra-Cascais, resulta da decisão da Câmara Municipal de Cascais de dar execução ao desenvolvimento das áreas expressas no Regulamento do Plano de Ordenamento do Parque Natural Sintra-Cascais como sujeitas à elaboração de Planos de Pormenor.

Os objetivos de referência para a elaboração do presente PP consideram que a proposta deverá basear-se num projeto integrado que dê relevo à vertente do espaço público e social, resultante de uma estrutura contínua de espaços livres, e da proposição de equipamentos coletivos, bem como a criação de infraestruturas tecnológicas para os usos propostos para a área, nomeadamente:

a) Promover a programação estruturada da expansão do aglomerado urbano e contenção do fenómeno de construção dispersa e urbanização difusa;

b) Promover a edificabilidade no espaço urbano segundo critérios de sustentabilidade, dimensão e conexão com o desenvolvimento definido;

c) Promover o incentivo à reconstrução e à reabilitação de edifícios, em detrimento da construção nova;

d) Promover o desenvolvimento de programas habitacionais orientados para áreas e necessidades específicas nomeadamente a requalificação do espaço público (praças e passeios públicos) e da rede viária;

e) Promoção da qualidade de vida das populações e reforço do ambiente de ruralidade, bem como da requalificação urbanística e patrimonial, em especial no centro histórico;

f) Promover o desenvolvimento de formas integradoras de ocupação e transformação dos espaços construídos que favoreçam a salvaguarda da estrutura ecológica, a renovação dos ecossistemas e a expansão dos espaços naturalizados através da sua ligação ao Parque Natural;

g) Promover um desenho urbano definidor do momento da intervenção e indutor de uma maior utilização do espaço público tirando partido dos elementos biofísicos do local;

h) Definir, quantificar e localizar as infraestruturas básicas necessárias ao desenvolvimento futuro, garantindo a equidade no acesso a infraestruturas, equipamentos coletivos e serviços de interesse geral em especial as redes de saneamento básico;

i) Definir, quantificar, hierarquizar e localizar os equipamentos coletivos, em particular os de saúde, educação, desporto, cultura e lazer;

j) Promover a mobilidade, as acessibilidades e o estacionamento com base em solução devidamente suportada em “estudo de tráfego”, dando solução às questões do sistema viário num quadro global de otimização das acessibilidades e articulado com o sistema multimodal de transportes públicos, valorizando ainda as soluções de deslocações a pé e em bicicleta;

k) Promover o desenho inclusivo nos espaços públicos contribuindo para o cumprimento da deliberação da Câmara Municipal de 27 de Outubro de 2003, (adesão à “Rede Nacional de Cidades e Vilas com Mobilidade para Todos”), bem como da legislação aplicável.


ESTADO DE DESENVOLVIMENTO:

Instrumento de Gestão Territorial de carácter operativo, em elaboração, nos termos do regime jurídico constante do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, na redação dada pelo Decreto-Lei n.º 46/2009, de 20 de Fevereiro.

Em Reunião de Câmara a 16 de Junho de 2008, sob a proposta n.º 798/2008 foi aprovado o Relatório de Caracterização e Diagnóstico do Plano.

Em Reunião de Câmara a 12 de Janeiro de 2009, sob a proposta n.º 1648/2008 foi aprovado o Relatório de Compromissos Urbanísticos do Plano.

Em Reunião de Câmara a 17 de outubro de 2011, sob a proposta n.º 1019/2011 foi aprovado o Relatório de Fatores Críticos para a Decisão.

Em fase de elaboração da proposta de Plano.

COORDENAÇÃO E PARCERIA:

O Plano está a ser desenvolvido em parceria entre a CMC – representada pelo Departamento de Planeamento do Território (DPT), Divisão de Ordenamento do Território (DORT) – e o Departamento de Engenharia Civil da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade Nova de Lisboa, de acordo com o protocolo celebrado a 15 de Dezembro de 2005, alterado a 21 de Dezembro de 2009.

ÁREA DO PP: Ver área delimitada no SIG Web
DOCUMENTOS:
 Deliberação de elaboração;
 Proposta 497/2017 | Revogação da Deliberação que determina a elaboração do Plano Pormenor do Cabreiro
 Termos de Referência;
 Relatório dos Fatores Críticos para a Decisão

VER MAIS:
Pode consultar as propostas dos Planos de Pormenor na Divisão de Planeamento e Ordenamento do Território (DORT) | Contacto telefónico: 214 815 773.

24.10.13

HORTINHAS. NA CASA DE UM AMIGO

Por vezes dou comigo a cismar no que o tempo vai fazendo.

 Em tudo. Viver o dia a dia da melhor forma possível é o que se pede.

 Hoje, um amigo de longa data alvitrou que bons eram os tempos, em que adolescentes não nos parecia o dia de amanhã grande motivo de preocupação encarando até com alguma bonomia esses mesmo futuro.

 Fosse hoje e talvez não se pensasse assim... Concordei e olhei para dentro de mim, para esses tempos que, reconhecidamente, foram e serão inesquecíveis.

HORTINHAS -TERENA ( Foto de J.P.L. em 2013 )
  Felizmente ainda podemos recordá-los.

Das pessoas que de uma forma ou de outra comigo estiveram nessa viagem, quantas restarão actualmente ? 

Por onde andarão ?

 Algumas houve em que laços afectivos foram bem fortes, alguns deles pareciam-nos na altura perenes mas, que o tempo, se encarregou de esfumar.

 Outros, sei,  já cá não se encontram pela própria natureza desse mesmo tempo.

 Feliz me sinto por sobrarem ainda uns poucos ( muito poucos ) verdadeiros Amigos.

 São um tesouro a preservar no mais intimo da minha alma.

 E aqueles outros que, de tão breve passagem por este mundo nos deixam escorrer uma lágrima saudosa, os nossos companheiros do mundo animal ?

 Quantas vivências não me ocorre. 

  Alguns cães por exemplo que criei de pequeninos e comigo cresceram, envelheceram e a meu lado faleceram?

 Hoje, mais que nunca, sinto muitas saudades de todo um passado que o tempo inexoravelmente afastou e  jamais voltará, mas, felizmente, tenho um bom acervo fotográfico e uma razoável memória.



Sendo assim há coisas que nunca se esquecem, e outras que, esquecidas, afloram de novo à mente quando um amigo resolve reabrir o arquivo do tempo. 

Nota. Hoje  ( Ano de 2020 )o amigo a que aqui me refiro já faleceu. Mais uma página do meu livro da vida que jamais voltarei a ler. Paz à sua alma.

23.10.13

PERDIZES JUNTO AO AUTÓDROMO DE ESTORIL


 A estrada parece deserta mas não está. Ainda que um pouco afastadas algumas perdizes usam-na como itinerário para as suas deslocações.

 As fotografias não permitem observá-las bem porém elas estão lá.

PERDIZES  (Foto de J.P.L. Ano 2013 )
 Caminhavam e caminharam muito tranquilas alguns metros à minha frente.


 Achei triste que o urbanismo desenfreado e inútil por vezes vá roubando os campos aos seus ancestrais habitantes.

Mas, felizmente, a Mãe natureza zela pelos seus.


PERTO DO AUTÓDROMO ( Foto de J.P.L. Ano 2013 )

AlectorisRufa.jpg
Como ler uma caixa taxonómicaPerdiz-vermelha

Estado de conservação
Status iucn3.1 LC pt.svg
Pouco preocupante
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Galliformes
Família: Phasianidae
Género: Alectoris
Espécie: A. rufa
Nome binomial
Alectoris rufa
(Linnaeus, 1758)

Alectoris rufa rufa
A perdiz-vermelha ou perdiz-comum (Alectoris rufa) é uma ave cinegética da família Phasianidae (faisões), da ordem Galliformes, ou galináceos.

 A perdiz-vermelha ocupa habitats algo variados, incluindo searas. É uma ave gregária que vive em grupos.

Habita em toda a Península Ibérica, sobretudo a sul, e encontra-se no sul da França e no médio oriente.

É uma espécie muito caçada, principalmente na Península Ibérica.

Subespécies









21.10.13

SANTUÁRIO PRÉ - HISTÓRICO DE POIO GRANDE

 Situado na Raia Alentejana bem perto da fronteira com Espanha aqui está um exemplo de património assinalado e registado.
Para lá se chegar podemos utilizar qualquer meio de transporte desde que este se considere apto ao todo -o-terreno.
Apesar de distar uns poucos de quilómetros de Terena, ou da aldeia de Hortinhas vale a pena a visita.

O POIO GRANDE
 Bom será escolher uma estação do ano em que o calor ou o frio não sejam excessivos pois, como sabemos, nesse aspecto o nosso Alentejo é de extremos.

 No dia em que obtive estas fotos era uma tarde de Verão, a temperatura rondava os 30º  e não me senti particularmente confortável, porém isso não foi impedimento para uma aproximação ao monumento.

 Ainda espero voltar ali, em breve, numa estação do ano de temperaturas mais amenas para uma visita mais demorada e meticulosa.

 Diz-nos a descrição do Monumento o seguinte :  É possível que haja também ligação ao Endovélico e ás suas manifestações vindas das profundezas da terra

 
ESCLARECIMENTOS IMPORTANTES ( Foto de J.P.L. Ano 2013 )

Trata-se de uma fenda alta, profunda e estreita, aberta numa vertente rochosa abrupta, na margem esquerda da ribeira da Silveirinha.

No exterior, desenvolve-se uma plataforma cujo acesso é relativamente difícil.

 Na parte ocidental do abrigo foi gravado um painel com covinhas para além de outras covinhas dispersas em diversos pontos da cavidade. "

Endovélico

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Endovélico é uma divindade da Idade do Ferro venerada na Lusitânia pré-romana.

 Deus da medicina e da segurança, de carácter simultaneamente solar e ctónico, depois da invasão romana seu culto espalhou-se pela maioria do Império Romano, subsistindo por meio da sua identificação com Esculápio ou Asclépio, mas manteve-se sempre mais popular na Península Ibérica, mais propriamente nas províncias romanas da Lusitânia e Bética.

Endovélico tem um templo em São Miguel da Mota, no Alentejo, em Portugal, e existem numerosas inscrições e ex-votos dedicados a ele no Museu Nacional de Etnologia. O culto de Endovélico sobreviveu até ao século V, até que o cristianismo se espalhou na região.1

20.10.13

TERENA ( O PASSADO NO PRESENTE )


ARREDORES DA ALDEIA DE  TERENA -

Percorrendo alguns recantos do chamado Alentejo profundo, deparei-me com estas duas placas de trânsito e, à semelhança do que tenho feito aqui, pela minha região de Cascais, detive-me a contemplá-las  e fotografá-las antes que desapareçam deixando-nos uma certa tristeza.

SINALÉTICA ESQUECIDA NO TEMPO ( Foto de J.P.L. Ano 2013 )
ESTRADAS RURAIS (Foto de J.P.L. Ano 2013 )
 
 Esta como muitas outras foram ali colocadas com uma finalidade evidente.

O SOL ABRASADOR DO ALENTEJO CONSUMIU AS IMAGENS  ( foto de J.P.L. Ano 2013 )

 Hoje em dia poucos veículos de tracção animal circulam pelas nossas estradas mas, nem por isso, deixa de ter a sua beleza esta, em minha opinião, belíssima imagem dos tempos idos. 

https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/78/Alentejo_e_Ribatejo.jpg



Concelho extinto de Terena
Fundação do concelho 1262
Extinção do concelho 1836
Freguesias do concelho Matriz de Terena
Capelins
Santiago Maior
Antigos Concelhos de Portugal Flag of Portugal.svg
Portugal Portugal Terena (São Pedro)
  Freguesia  
Panorâmica do centro histórico da vila de Terena, vendo-se, ao fundo, o Castelo
Panorâmica do centro histórico da vila de Terena, vendo-se, ao fundo, o Castelo
Símbolos
Brasão de armas de Terena (São Pedro)
Brasão de armas
Gentílico Terenense
Localização

Localização no concelho de Alandroal
Localização no concelho de Alandroal
Terena (São Pedro) está localizado em: Portugal Continental
Terena (São Pedro)
Localização de Terena (São Pedro) em Portugal
Coordenadas 38° 37' 15" N 7° 24' 41" O
Região Alentejo
Sub-região Alentejo Central
Província Alto Alentejo
Concelho ADL.png Alandroal
História
Fundação 1262
Administração
Tipo Junta de freguesia
Presidente Miguel da Conceição Pereira Gomes (DITA)
Características geográficas
Área total 82,97 km²
População total (2011) 767 hab.
Densidade 9,2 hab./km²
Código postal 7250-065
Outras informações
Orago São Pedro

18.10.13

CRÂNIO DE DMANISI



Homem primitivo: Crânio com 1,8 milhões de anos pode reescrever História (estudo)

^LOCALIZAÇÃO DE DMANISI

 


A evolução humana foi posta em causa, por culpa de um crânio com mais de 1,8 milhões de anos, encontrado em Dmanisi, na Geórgia, que deu novas informações sobre os homens primitivos.

 O ‘Crânio 5’ deixa perceber que os primeiros hominídeos a povoar o Planeta podem pertencer a uma única espécie. O crânio foi encontrado em 2005, mas só agora é conhecida a investigação que suscitou, publicada na revista Science, oito anos depois.


Ver a imagem de origem


Um crânio pode pôr em xeque todo o conhecimento adquirido sobre a evolução humana. Foi descoberto há oito anos e desde então tem sido alvo de uma intensa pesquisa, publicada naquela revista científica.

O ‘Crânio 5’ tem mais de 1,8 milhões de anos e pode obrigar o Homem a reescrever a história. Segundo David Lordkipanidze, investigador do Museu Nacional da Geórgia, um dos principais responsáveis pelo estudo que esta descoberta suscitou, este crânio é “o mais completo” de todos os que foram encontrados, relativos ao homem antigo.

Já Christoph Zollikofer, do Instituto e Museu de Antropologia da Suíça, que também participou na pesquisa, salienta que os dados históricos sobre a evolução do Homem ficam em dúvida. “Não desmentimos que possa ter havido mais de uma espécie, há cerca de dois milhões de anos. No entanto, consideramos que não temos evidência fóssil suficiente”, diz.

O Homo Habilis ou o Homo Erectus podem, de acordo com a pesquisa realizada na Geórgia (não só ao ‘Crânio 5’, mas a outros quatro hominídeos encontrado em Dmanisi) ser de apenas uma espécie.
O quinto crânio descoberto em Dmanisi exibe uma combinação de características desconhecidas para os investigadores: um rosto maior, mandíbula e dentes com características diferentes e um cérebro menor, dentro do grupo de crânios encontrados em Dmanisi.

Os quatro crânios de hominídeos bem conservados encontrados na Geórgia anteriormente, bem como algumas partes do esqueleto, mostraram que os primeiros representantes do género ‘Homo’ começaram a expandir-se a partir de África, através da Eurásia, há mais de 1,8 milhões de anos.
Uma vez que o ‘Crânio 5’ está completamente intacto, pode fornecer respostas a várias perguntas que até agora tinham oferecido amplo espaço para a especulação.

 O debate centra-se numa questão: houve ou não várias espécies de Homo em África? As respostas parecem estar no horizonte, graças ao crânio de Dmanisi.
Um dos investigadores analisou esse crânio durante oito anos e fez uma descoberta que, segundo defende, pode reescrever a história evolutiva dos humanos.

O chamado "crânio 5" é "o mais completo" de um homem antigo que se encontrou no mundo, de acordo com o principal autor do estudo, David Lordkipanidze, investigador do Museu Nacional da Geórgia, em Tbilissi.
"Não estamos contra a ideia de que pode ter havido mais de uma espécie em algum momento há cerca de dois milhões de anos", sustentou Christoph Zollikofer, do Instituto e Museu de Antropologia da Suíça, que ajudou a analisar o crânio, "mas simplesmente decidimos que não temos evidência fóssil suficiente".

O estudo do "Crânio 5" e de restos de outros quatro hominídeos na mesma zona, em Dmanisi (Geórgia), fez pensar estes investigadores que fósseis reconhecidos como provenientes de espécies distintas como o "Homo habilis" e o "Homo erectus" poderiam ser realmente de uma mesma espécie.

17.10.13

LIXO OCEÂNICO


O lixo que se recolhe no fundo do oceano 
2013-10-17 (IPMA)

O lixo que se recolhe no fundo do oceano - Campanha de Investigação de Recursos Demersais “OUTONO 2013”


Após uma paragem em Lisboa para a troca de alguns elementos, os trabalhos prosseguiram a bom ritmo ao longo da Costa Alentejana e Algarve.
Para além dos dados sobre espécies marinhas para os estudos de biodiversidade, o registo do lixo marinho faz parte da rotina nestas campanhas do PNAB, sendo importante para a avaliação do bom estado ambiental e planificação da monitorização no âmbito da Directiva-Quadro da Estratégia Marinha (DQEM).

 As zonas de maior tráfego marítimo e com maior presença humana são bons locais para encontrar estas “espécies” que habitam os nossos mares.




São treze milhões de toneladas de plástico a chegar ao oceano, por ano. Garrafas, embalagens, palhinhas, correias de plástico e materiais de pesca constituem a maior parte do lixo encontrado nos oceanos.

 Na UE, os países concordaram em começar a monitorizar a quantidade de plástico consumido e em tomar medidas capazes de promover a substituição de produtos descartáveis e de curta duração por materiais reutilizáveis e mais duradouros.

Na Europa produz-se 25 milhões de toneladas de resíduos plásticos por ano. Só 30% seguem para reciclagem.
 Em 2018, a UE destinou 350 milhões de euros para o estudo e desenvolvimento de materiais mais ecológicos e para o melhoramento dos processos (tecnologia) de reciclagem.
O objectivo é que em 2030 todas as embalagens de plástico sejam reutilizáveis ou recicláveis.
O plástico tem muitas aplicações positivas e essenciais para a humanidade. Tornou-se um material insubstituível nos sectores de embalagem, construção, transporte, dispositivos médicos, equipamentos desportivos, por exemplo. Há centenas de substâncias plásticas diferentes, consoante a sua aplicação final.
Produção de materiais plásticos no mundo
Em milhões de toneladas


Principais sectores que utilizam o plástico como matéria-prima
Em percentagem
O lixo plástico tornou-se uma presença quase constante em qualquer actividade marinha, tal como na pesca, no surf, na prática balnear, etc.

 Uma garrafa de plástico pode durar cerca de 450 anos, fragmentando-se lentamente e, eventualmente, transformando-se em partículas microscópicas, mas nunca desaparecendo totalmente. Por exemplo, já foram encontradas partículas no gelo do Árctico.

 Um saco de plástico para embalagem, usado, em média, durante apenas 12 minutos, pode levar entre 100 e 300 anos a decompor-se.
Consumo de descartáveis em Portugal...
Por ano

Plástico... se não o podes reutilizar. Recusa-o 

 Dois terços do plástico no oceano chegaram por via terrestre. Provêm principalmente de descargas industriais, aterros e lixeiras perto da costa, de sistemas de saneamento que não filtram os microplásticos e de lixo abandonado em praias ou zonas costeiras.

 A terça parte restante provém de perdas no mar, cargas de navios ou material de pesca caído ou deitado ao mar.

80%
DO LIXO MARINHO É PLÁSTICO
Há 150 milhões de toneladas de plástico nos oceanos
O consumo anual de plástico ultrapassou os 320 milhões de toneladas. Segundo as Nações Unidas, se as taxas de poluição actuais se mantiverem, em 2050 haverá mais plástico do que peixes no mar
Um sistema gigante de distribuição de plásticos
Cinco grandes correntes oceânicas – os giros – transportam o lixo marinho e acumulam-no nalgumas zonas dos oceanos, formando grandes ilhas de lixo, incluindo plásticos e partículas de plástico.
Grande Mancha de Lixo do Pacífico (GMLP)

A Grande Mancha de Lixo do Pacífico é a maior lixeira de plástico do mundo e está a aumentar exponencialmente, segundo um estudo publicado pela Nature em Março 2018. 

Para amostra, os cientistas recolheram mais de um milhão de objectos (1.136.145), com 668 kg de peso total, numa área de 1,6 milhões de km2. O plástico constitui 99% do lixo encontrado.




O Dia da Terra foi criado em 22 de Abril de 1970, com uma manifestação nos EUA que conseguiu reunir cerca de 20 milhões de pessoas.

 Estas manifestavam-se contra a deterioração do meio ambiente provocada por derrames de petróleo, poluição industrial, falta de políticas de saneamento, uso de pesticidas e produtos tóxicos, urbanismo desenfreado e consequente perda de vida natural e selvagem. O movimento nasceu de uma “aliança” de todos os sectores da sociedade, esquerda e direita, pobres e ricos, pessoas de todos os quadrantes, na defesa comum da preservação da nossa casa, o planeta Terra. Actualmente, 192 países, envolvendo mais de mil milhões de pessoas no mundo, participam no movimento.

Fonte: www.grida.no; Plastics – the Facts 2017 - Association of Plastics Manufacturers; Earth Day Network; "Evidence that the Great Pacifc Garbage Patch is rapidly accumulating plastic", "Plastic pollution of the world’s seas and oceans as a contemporary challenge in ocean governance",in Nature; 5 Gyres Institute; "Protocol for Microplastics Sampling on the Sea...", in Journal of Visualized Experiments; UN news.org; UN Web TV; United Nations Environment Programme; www.cleanseas.org


SOLEMNIA VERBA

          

                                              Disse ao meu coração: Olha por quantos
                                              Caminhos vãos andámos ! Considera
                                             Agora, desta altura fria e austera,
                                             Os ermos que regaram nossos prantos...


SEMEADOR DE SOMBRAS E QUEBRANTOS ( Foto de J.P.L. Ano 2013 )

                                             Pó e cinzas, onde houve flor e encantos !
                                             E noite, onde foi luz de primavera !
                                             Olha a teus pés o mundo e desespera
                                             Semeador de sombras e quebrantos ! -

                                  
                                                                                                           
PORÉM O CORAÇÃO ( Foto de J.P.L. Ano 2013 )

                                            Porém o coração, feito valente
                                            Na escola da tortura repetida,
                                            E no uso do penar tornado crente,

                                            Respondeu : Desta altura vejo o Amor !
                                            Viver não foi em vão, se é isto a vida,
                                             Nem foi de mais o desengano e a dor. *

                                                                                                                                                                           




   * Antero de Quental
in. " Sonetos Completos "

Fotografias: De minha autoria retratando o céu em  fins de tarde, aqui, na minha região.











14.10.13

LAGOA AZUL. ( SERRA DE SINTRA )


Com muito carinho e nostalgia dos tempos idos olho para esta placa que nos indica que, ali bem perto, está a mítica Lagoa Azul.
 Quantas e quantas vezes em criança acompanhado de meu Pai aqui passei!
Também recordo, quando já adolescente, aqui vivi  as famosas " noites de Sintra " do, para mim, tão saudoso rali de Portugal.
 Ainda hoje felizmente por aqui passo diversas vezes saboreando os bons ares e a encantadora paisagem. Deixo um reparo no entanto.


UM DIA VAI DESAPARECER ! ( Foto de J.P.L. Ano 2013 )
 
Será que esta vetusta placa que ali conheço há mais de 50 anos à semelhança das muitas outras que " ornamentavam " a paisagem Sintrense, está destinada a desaparecer sem que a alguém ocorra a sua substituição ?
  Já aqui descrevi o que sucedeu a uma outra que assinalava " curva contra curva " ali para os lados do Pé da Serra.

 Roubaram-na pura e simplesmente, parece-me !

 Estou em crer que deve estar a ornamentar algum " museu " privado algures por esse mundo.

 Afinal nem só as imagens Sacras despertam cobiça.

 De qualquer forma um pouco de tinta e alguma boa vontade obstava a que este NOSSO património desapareça mais dia menos dia.

 Será que a ideia de que tudo o que servia a sociedade no passado recente agora é absoleto ?

 Era então a J.A.E. ou seja Junta Autónoma de Estradas que cuidava e preservava estas relíquias.

Hoje quem cuida ?

  O desleixo!
 Entretanto a fotografia aí está.


Lagoa Azul de Sintra: um pequeno paraíso perto de Lisboa

A poucos minutos de Lisboa fica um pequeno paraíso ideal para relaxar na Natureza, descansar ou praticar exercício. Descubra a Lagoa Azul de Sintra.
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Lagoa Azul
Lagoa Azul
Morar em Lisboa e nunca ter ido passar um dia na Lagoa Azul é quase um crime. A poucos minutos da capital, este pequeno paraíso oferece aos seus visitantes óptimos momentos para relaxar, contemplar a Natureza e até existe a possibilidade de praticar vários desportos. A Lagoa Azul é procurada quer por veraneantes solitários em busca de sossego, quer por grupos desportivos que dali arrancam para passeios de BTT, quer por caminhantes que fazem observação de espécies, e por famílias que aproveitam o espaço para se deliciarem com piqueniques e brincadeiras ao ar livre.
Lagoa Azul
Lagoa Azul
A zona é de fácil acesso pedestre e de carro, e tem algum espaço para estacionamento, mas fica facilmente congestionada, por isso, para quem quiser desfrutar da área em pleno, o melhor é evitar alturas de pico de frequência, como os fins-de-semana à tarde, sobretudo se estiver bom tempo. Leve sapatos e roupa confortável (agasalhe-se de Inverno, pois a zona fica bastante fresca) e entregue-se às actividades na natureza. Pode entreter-se a apanhar pinhas com crianças, a caminhar, a apanhar sol, a aproveitar a sombra e o ar fresco, ou a observar a rica fauna da Lagoa.
Lagoa Azul
Lagoa Azul
Dentro de água, encontra, por exemplo, patos, cágados, tartarugas, mexilhões de água doce, carpas e percas. Já existiram também alforrecas de água doce, lagostins e camarões, mas há alguns anos que nenhuma destas espécies é avistada. Fora de água, as espécies mais características são o chapim-rabilongo, o chapim-carvoeiro, o pombo-torcaz, e por vezes até o gavião dá um ar de sua graça, para além de outras aves mais comuns que podem ser encontradas.
Lagoa Azul
Lagoa Azul
O movimento acentuado de visitantes da Lagoa Azul nem sempre tem sido positivo, pois é comum encontrar lixo e detritos deixados por grupos, fato que tem contribuído para a alteração e redução da fauna da Lagoa. A água e a envolvente têm sido sujeitas a acções de limpeza por parte das entidades municipais e de voluntários, no sentido de proteger o local e reduzir a probabilidade de incêndios. Ainda assim, os banhos na lagoa não são recomendáveis actualmente devido à poluição e contaminação da água.

Formação da Lagoa Azul

A existência da Lagoa Azul deve-se à alteração dos granitos do maciço de Sintra que, por acção dos diversos agentes erosivos, originam areias e argilas que vão revestir e impermeabilizar o fundo da lagoa evitando que a água que aí se acumula não escoe, sendo aqui o papel das argilas fundamental graças à reduzida dimensão das suas partículas.

Fauna e Flora

A represa tem vários animais como os peixes gambusia (Gambusia holbrooki) que é uma espécie não indígena, introduzida, a perca-sol (Lepomis gibbosus) e a boga portuguesa (Chondrostoma lusitanicum), e é um local com muitas rãs, sendo fácil ver girinos na época de reprodução. Na albufeira, existe o cágado-de-carapaça-estriada (Emys orbicularis), espécie em regressão. A ocorrência neste local é justificada pela possível reintrodução a partir de exemplares de cativeiro. Na Lagoa Azul foi detectada a presença da espécie Trachemys scripta elegans (tartaruga americana).
Lagoa Azul
Lagoa Azul
Entre as espécies de aves características deste local, podem referir-se o pombo torcaz (Coplumba palumbus), o chapim-carvoeiro (Parus ater) e o chapim-rabilongo (Aegithalos caudatus), bem como diversos passeriformes mais comuns. Na Albufeira, existem também patos selvagens da espécie pato-real (Anas platyhynchos). Observam-se várias plantas aquáticas e outras espécies como o Pinheiro manso (Pinus pinea); Carvalho-negral (Quercus pyreneica); Carvalho-alvarinho (Quercus robur); Carvalho cerquinho (Quercus faginea); Cravo-romano (Armenia pseudarmeria); Tojos (Ulex sp.); Estevas (Cistus sp.); Urze (Calluna vulgaris); Carqueja (Genista tridentata); Cravo de Sintra (Dianthus Cintra).

Coordenadas da Lagoa Azul:
Estrada da Lagoa Azul, Sintra
38° 46′ 5.0333” N
9° 23′ 59.3387” W