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30.11.11

FERIADO DO 1º DE DEZEMBRO


A Restauração da Independência em Portugal comemora-se anualmente no dia 1 de dezembro.
Esta data relembra a ação de nobres portugueses, que a 1 de dezembro de 1640 invadiram o Paço Real e mataram Miguel de Vasconcelos, o representante da Espanha em Lisboa, aclamando D. João, duque de Bragança como rei de Portugal.

A Restauração da Independência foi o culminar de um período de grande descontentamento por parte da população portuguesa que não estava satisfeita com a União Ibérica, entre Portugal e Espanha, que teve a duração de 60 anos (de 1580 a 1640).

A união ibérica originou problemas à população portuguesa, com sobrecarga de impostos e envolvimento de Portugal nos conflitos de Espanha.

Com a morte do jovem D. Sebastião na batalha de Alcácer-Quibir, Portugal enfrentou um problema de sucessão. Após o insucesso do Cardeal D. Henrique no comando da monarquia, Portugal foi regido por três reis D. Filipes de Espanha, durante 60 anos, período que ficou conhecido por Domínio Filipino.


restauração da independência

Feriado Nacional da Restauração da Independência

O dia da Restauração da Independência, 1 de dezembro, é um feriado nacional. A partir de 2013, como parte de um pacote de medidas que visavam aumentar a produtividade, o governo português tinha decidido eliminar o feriado de 1 de dezembro.
 No entanto, a comemoração da Restauração da Independência Portuguesa foi retomada como um feriado em 2016.

Casa de Bragança

Casa de Bragança
A Casa de Bragança, oficialmente titulada como a Sereníssima Casa de Bragança é uma família nobre portuguesa, que teve muita influência e importância na Europa e no mundo até ao início do século XX.
 Tendo sido a casa real portuguesa de 1641 até 1910, quando foi implantada a república em Portugal. Como família real portuguesa, a Casa de Bragança e a Casa de Bragança-Saxe-Coburgo-Gota foram as últimas casas reais soberanas do Reino de Portugal, e do império ultramarino colonial português, por quase três séculos, tendo ascendentes nas dinastias anteriores.
Duarte Pio diz que extinção do 1.º de Dezembro desvaloriza dia que mais devia unir os portugueses


Duarte Pio de Bragança


O chefe da casa real portuguesa, Duarte Pio, afirmou hoje que a soberania de Portugal está ameaçada, considerando que a extinção do feriado do 1.º de Dezembro desvaloriza o dia que mais devia unir os portugueses.

No discurso comemorativo da Restauração da Independência, proferido em Lisboa, Duarte Pio disse que «a soberania de Portugal está gravemente ameaçada», defendendo que o país atravessa «uma das maiores crises da sua longa vida».

Para o herdeiro da casa real, a actual crise constitui um risco para a soberania já que a história mostra que «sempre que o país ficou enfraquecido, aumentou a vulnerabilidade à perda da sua independência».

Independência que, para Duarte Pio, está a ser desvalorizada face à ameaça de extinção do «feriado evocativo do dia que mais devia unir os portugueses».

O feriado de 1.º de Dezembro, que assinala a restauração da independência de Portugal face a Espanha em 1640, é um dos quatro que o Governo pretende extinguir como forma de aumentar a produtividade do país.

«A actual e humilhante dependência de Portugal dos credores internacionais é comparável à que resultou da crise financeira de 1890-1892», que «levou ao fim do regime da monarquia democrática», lembrou Duarte Pio.

Na opinião do chefe da casa real portuguesa, é «urgente» criar um debate nacional para analisar os modelos económico e político «que estiveram na origem do depauperamento do Estado».
19:30 - 30-11-2011  *

 *  Dos Jornais.  
  Um comentário - Desconheço se com o novo acordo ortográfico as instituições e ou os seus mais altos representantes passam a ser referidos em letras minúsculas, como está redigido na peça.

 Se pudesse gostaria de perguntar à pessoa ( jornalista decerto ) que redigiu a peça que exponho, se ele (a) não acharia interessante sabermos a opinião do actual  " chefe da república  o  Anibal C. Silva?

 

Duarte Pio de Bragança

Duarte Pio de Bragança
.

Restauração da Independência

Restauração da Independência
A Restauração da Independência ou Restauração de Portugal foi um processo histórico que buscou a autonomia portuguesa após sessenta anos de União Ibérica.
 A União entre as coroas não teve aprovação homogênea de ambos os lados desde seu início.
 Em Portugal, houve uma grande rejeição popular, ao mesmo tempo em que havia o interesse de alguns grupos da nobreza, do clero, da burguesia e dos comerciantes por uma economia mais estável e um exército mais forte. Na Espanha, existia a preocupação com um poder tirano, com seus negócios e domínios.

25.11.11

UM RECADO

Serra de Sintra.       *   



                                                                                        


                                                                                         Quando assistires
                                                                                         à retirada dos andaimes
                                                                                         contempla - é claro-
                                                                                         o edifício que surge.
                                                                                         Mas pede pelos andaimes,
                                                                                         pois é duro 
                                                                                         servir de suporte
                                                                                         à construção,
                                                                                         ser necessário à obra,
                                                                                         e na hora da festa
                                                                                         ser retirado como entulho !






* Fotografia de Zé Pinto Lopes



24.11.11

DAR MÚSICA. GREVE GERAL ( NOVEMBRO DE 2011 )


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DAR MÚSICA          ( Imagem Globo.com )



Resolução do Conselho Nacional da CGTP-IN CONTRA A EXPLORAÇÃO E O EMPOBRECIMENTO PORTUGAL DESENVOLVIDO E SOBERANO GREVE GERAL - 24 Novembro 2011 Emprego, Salários, Direitos, Serviços Públicos 

Mas não consigo entender...

 Esta greve de hoje chamada de Greve Geral por alguns quadrantes ou organizações servirá os interesses de quem ? 
 O meu não, decerto, porque quando precisei de ajuda pareceu haver interesse sindical em lutar pelos direitos dos seus associados nos quais eu me incluia.

 Passado o " impulso " inicial e assente a " poeira do tempo "  esses nossos representantes estão num ensurdecedor  silêncio muito conveniente na sua aparência para com aqueles  a quem deveriam ao menos uma vez por ano dirigir os seus desagrados.

 Creio que  estão muito muito preocupados em assegurar o seu posto no sindicato e nas alturas convenientes empurram " o rebanho " bastando para isso que o " lobo " uive.

 Chegado este, com a alcateia,devora umas quantas ovelhas e das que escapam algumas feridas levam-nas para recanto seguro para mais tarde, de novo, agirem igual quando a " fome " fizer a alcateia descer ao povoado.

 Claro que recorrem aos tribunais afim de exigir alguma compensação pelos danos causados mas estes, por sua vez, são tão lentos e também eles temerosos dos lobos que o melhor é andarem todos a " fazer que fazemos ".

Por isto é que considero esta greve uma movimentação de alguns " pastores " bem conhecidos com o único fim de agradar aos que lhes suportam o " cajado ".

 Oxalá esteja enganado mas não me parece pois tenho visto ao longo da vida estas manifestações  " gerais " a nada conduzirem.

 E as outras as realizadas portas adentro  igualmente.

 E não me venham com tretas!!!

 Até parece que estou a ouvir os  senhores deputados a comentarem sarcásticamente  " Os cães ladram mas a caravana passa "

 Verei se tenho ou não razão .


23.11.11

CASCAIS. DIA DE VENDAVAL

o vendaval  atingiu o  Parque Marechal Carmona tendo causado a destruição de várias árvores, algumas segundo se diz, centenárias.
 À hora a que ocorreu durante o dia não havia presença humana no local porque estava a região sob chuva e ventos fortes nada propícios aos passeios ou visitas ao parque, felizmente, acrescente-se.



21/11/2011 · Contactado pela Lusa, o Instituto de Meteorologia esclareceu que houve uma "depressão com rajadas de vento de 70 quilómetros/hora". Jornal Correio da Manhã de 23-11-2011. O Quartel dos Bombeiros Voluntários de Cascais e a antena de comunicações de 23 metros que o forte vento de ontem, deitou por terra.

ÁRVORES ARRANCADAS PELO VENTO NO " RIO DOS MOCHOS "

Ao recordar o dia noto estar o vento do quadrante noroeste/norte um pouco desfasado dos quadrantes donde normalmente ocorrem estes fenómenos ou seja os ventos marítimos oriundos de sul ou oeste. 

Tal como ouvi o Sr: Presidente da Câmara, Carlos Carreiras afirmar, " os atentados que o homem de forma inusitada perpetra contra a natureza tem, como consequência, a repetição destes ou outros fenómenos adversos e violentos contra esse mesmo homem ou seja, afectando todos nós de forma directa ou indirecta, como foi o caso " .

Concordo inteiramente com esta asserção. 

Ainda recentemente saímos de um Outubro atípico com calores que não se registavam havia muito.

 Um Verão por sua vez terrível com constantes ventanias e descidas de temperaturas.

 Ainda ontem o Instituto de Meteorologia havia registado, na véspera, um " pequeno " sismo de grau 3 aqui na região de Cascais com epicentro a cerca de 30 km a sudoeste /oeste.

Este não foi sentido apesar da hora, ou talvez por isso, eram 10' e 30 " mais coisa menos coisa.
 Hoje como todos vimos o dia esteve primaveril até com algum conforto térmico.

 Afinal para onde caminhamos?

 A Mãe Natureza vai dando a resposta. 
Para o bem e para o mal pagamos todos quer queiramos quer não.

Mau tempo

Vento forte provoca queda de árvores em Cascais

por Lusa22 Novembro 2011
 

O vento forte que se fez sentir hoje à tarde em Cascais levou à queda mais de uma dezena de árvores, o que provocou estragos em carros e habitações, disse à Lusa o comandante dos Bombeiros Voluntários de Cascais.
"Foram rajadas de vento muito violentas, fora do normal, num período muito curto de tempo, entre as 13.00 e as 13.10", precisou João Loureiro.

Os ventos motivaram a queda de árvores de grande porte na freguesia de Cascais. "Ao todo registamos 16 intervenções de quedas de árvores, algumas delas estão ainda a ser resolvidas", acrescentou, sem apontar o número de carros e casas afectados.

Segundo o comandante, também a torre de 23 metros do Quartel dos Bombeiros de Cascais sofreu alguns danos, afectando as comunicações.

Um comunicado da Câmara de Cascais divulgado ao final da tarde dá conta ainda de que o Parque Marechal Carmona e o Parque da Ribeira dos Mochos estão "encerrados devido aos efeitos do mau tempo que arrancou árvores".

Os dois parques estarão encerrados até segunda-feira, para trabalhos de limpeza e recuperação do relvado, alguns pavimentos e equipamentos que ficaram danificados

21.11.11

UMA SEMANA QUE COMEÇA.

Mais uma semana que se inicia com todos os ingredientes

 Maus momentos sociais e políticos, desde os acidentes rodoviários passando por crimes de toda a espécie e claro o Covid 19 até à exaustão.

  A agitação em torno do euro e da falta dele, as futeboladas e quejandos enfim um sem número de alarvidades que não matam mas moem.

 Mas este pensamento não é exclusivo meu.

 Sei-o!

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19.11.11

AMIGO CÃO. O MEU BECAS II

Hoje a S.I.C. transmitiu uma pequena reportagem acerca de um casal que havia recolhido em sua casa um cão.
 Tudo normal não fora o facto de esse cão ter sido o objecto de outra reportagem, tempos antes, na qual se referia ter o animal ficado vários dias junto a um centro de saúde em Rio de Mouro, Sintra esperando a dona que havia ali entrado e não mais a vira sair.

 Infelizmente para a srª saiu sim, mas para a morgue vítima não sei de que doença súbita e para o animal que disso não poderia ter tido conhecimento.


BECAS II UM GRANDE AMIGO ( Foto de J.P.L. Novembro de 2011 )
   Seja como for tocou-me bastante esta fidelidade demonstrada por um ser irracional.
 Exemplo máximo daquilo que nós racionais nem de longe nem de perto somos capazes ( haverá excepções decerto ).
 O cão ainda manifesta sinais de inadaptação ao novo ambiente mas julgo que com o afecto demonstrado pelos seus novos amigos isso a seu tempo será ultrapassado.


PRONTO PARA AS CORRERIAS  ( Foto de J.P.L. Ano 2011 )
  Sempre tive cães e com eles passei alguns dos momentos mais felizes da minha vida não me inibindo absolutamente nada em admitir que aquando da sua " partida " e, ainda hoje, por eles verto uma lágrima de saudade.
  Então porque não admitir o contrário por parte de tão nobre animal.
As lágrimas não são só as que escorrem pelo rosto, penosas são-no também as outras, as internas que os cães, por exemplo, nos indicam com os seus angustiantes uivos. 
Sem ser piegas o que não me acontece com as memórias de certos  meus  " amigos " humanos que deste mundo se foram. 

15.11.11

PINHEIROS CRIADOS POR MIM

ASSIM NASCEM OS PINHEIROS ( Foto de J.P.L. Ano 2011 )
 Ao fim de algum tempo de gestação fui dar com estes dois rebentos cujas sementes havia colocado no vaso. Tratam -se de um  Pinheiro - de - Alepo ; ( Pinus  halepensis Miller )  * 1 ,    e de um Pinheiro - Bravo ou ( Pinus pinaster Aiton ) * 2.

   Nasceram na primeira semana deste Novembro.

*  1    Pinheiro - de - Alepo.   Usos e costumes:   Embora produza fustes muito torcidos, tem grande interesse silvícola na arborização de solos esqueléticos e calcáreos onde poucas outras espécies mediterrânicas conseguem prosperar. Foi, em tempos, importante produtora de terebentina e de pez; além disso, foi muito cultivada pela marinha veneziana nas margens do Mediterrânio Oriental, para obter matéria - prima de construção.




O pinheiro-de-alepo (Pinus halepensis) é uma espécie de pinheiro originária do Velho Mundo, mais precisamente da região do Mediterrâneo.
Ocorre normalmente a baixas altitudes, do nível do mar até aos 200 m. No sul de Espanha poderá ocorrer até aos 1000 m. A sul da sua área de distribuição, em Marrocos e Argélia, chega mesmo a ocorrer aos 1 700 m.

- Pinheiro - Bravo.   Usos e costumes :   Importantíssima protagonista da silvicultura portuguesa. Os serviços florestais preconizavam a posterior substituição destes pinheiros " pioneiros " por folhosas nobres como Quercus.


Pinheiro-bravo

Pinheiro-bravo
 
O pinheiro-bravo é uma espécie de pinheiro originária do Velho Mundo, mais precisamente da região da Europa e Mediterrâneo. É uma árvore média, alcançando entre 39 a 60 metros. A copa das árvores jovens é piramidal, e nas adultas é arredondada. O tronco está coberto por uma casca espessa, rugosa, de cor castanho-avermelhada e profundamente fendida. A subespécie mediterrânica tende a possuir casca mais espessa, que pode ocupar mais de metade da secção do tronco. As suas folhas são folhas persistentes, em forma de agulhas agrupadas aos pares, com 10 a 25 centímetros de comprimento. Tem uma ramificação verticilada, densa, os ramos quando são jovens são muito espaçados e amplos.
  • Nome científico: Pinus pinaster
  • Género: Pinheiro

 Vou tentar que estes dois exemplares cresçam saudáveis, afim de os levar para o meio ambiente propício como já fiz com outros aqui pelos terrenos do Parque Natural os quais visito de vez em quando.
 Tenho tido o cuidado de os colocar de forma a que não sejam vitimas de fogos mas, quanto à mão do homem, livre-os o destino pois aí nada posso fazer. 

O pinheirinho de Alepo nasceu de uma semente que encontrei, imagine-se, numa varanda cá de casa e o outro, dito bravo, trouxe a semente da Serra de Sintra.

11.11.11

ÁGUA PÉ e CASTANHAS

UMA ADEGA ( Foto de J.P.L. Novembro de 2011 )
 Alguns aspectos de uma ruralidade ancestral


SÓ FALTA AQUI O AROMA DO LOCAL ( Foto de J.P.L. Ano 2011 )
OS GRANDES TONÉIS A ABARROTAR DO ( " NÉCTAR DOS DEUSES "  )( Foto de J.P.L. )
O LAGAR ONDE SE PISA A UVA ( Foto de J.P.L. )

Hoje é o tradicional dia de saborearmos a deliciosa castanha e a não menos saborosa água- pé, de preferência entre amigos ou família, tendo eu, para esse efeito, tomado as devidas providências ou seja acautelado a reserva do precioso liquido e do abençoado fruto. A todos os demais um bom apetite.


Adega

Adega
 
Adega é o lugar onde o vinho é armazenado em garrafas, barris ou em barricas, no caso do vinho tradicional, ou em talhas, no caso do vinho de talha. No caso das vinícolas, as adegas são normalmente localizadas no subsolo, o que ajuda a manter a temperatura ideal entre 14 e 17°C.

Água-pé

Água-pé é uma bebida alcoólica tradicional de Portugal, com baixo teor de álcool, resultante da adição de água ao bagaço de uva e aguardente. A bebida, a par da jeropiga, é em geral confecionada para consumo nos magustos e outras festividades tradicionais do período de Outono e Inverno, com maior uso nas regiões do Minho, Trás-os-Montes, Beira Interior, Ribatejo e Estremadura.

Castanha

Castanea
 
As castanhas são os aquénios do ouriço, o fruto capsular epinescente do castanheiro-da-europa. Presume-se que a castanha seja oriunda da Ásia Menor, Balcãs e Cáucaso, acompanhando a história da civilização ocidental desde há mais de 100 mil anos. A par com o pistácio, a castanha constituiu um importante contributo calórico ao homem pré-histórico que também a utilizou na alimentação dos animais.
  • Classificação mais alta: Fagaceae
  • Nome científico: Castanea
  • Classificação biológica: Género

 

9.11.11

A GALINHOLA. NOBRE AVE

 Aqui neste meu " cantinho " abordo muitos e variados temas e muitos assuntos, porém de todos os que ao reino animal diz respeito aquele ou aqueles que abordam esta ave considero-os sempre sublimes. 

GALINHOLA ( Tela e foto de J.P.L. )

A resposta a esta paixão encontro-a justificada, de alguma forma, nos momentos passados por esses campos sempre na companhia de " Grandes e Velhos " cães que comigo a compartilharam na sua total integralidade. 
 
O " GRANDE E VELHO " CÃO  (  Tela e foto de J.P.L. Ano 2011 )


Todos os autores de livros em que a figura central é a Galinhola ornamentam-nos com o seu cunho pessoal em que regra geral impera um sentimento de respeito e mistério por tão misteriosa ave.

 Ave das mais reproduzidas em tela, aguarela e até nobremente imortalizada em estatuária desde o ferro à simples madeira.

 Bem hajam.


Alguns escrevem o que não compreendem e por isso não se compreende o que escrevem. *

* Galileu Galilei 

4.11.11

ALCÁCER DO SAL

ALCÁCER DO SAL. OS CAMPOS E A URBE ( Foto de J.P.L. Ano  de 2011 )



Dirigia-me para o Alentejo um destes dias de finais de Outubro quando, mais uma vez, observei esta beleza de cidade. 
O branco imaculado das suas casas, na margem direita do Sado um dos poucos rios que, na Europa, corre de sul para norte após percorrer cerca de 180 km desde a serra da Vigia até ao Atlântico, lá longe, em Setúbal. Alcácer do Sal e o seu rio já foram testemunhas de diversas lutas pela sua posse lembrando-me que, desde a pré-história até hoje aqui estiveram os povos fenícios, romanos e os árabes tendo o rei D. Afonso II em 1217  conquistado estes bens  em nome de Cristo até aos nossos dias.



ALCÁCER AS PONTES E OS ARROZAIS ( foto de J.P.L. Ano de 2011 )
O RIO SADO. UM SERENO RIO PORTUGUÊS. ( Foto de J.P.L. Ano 2011 )

Aproveitei e tirei estas fotos na quais se vislumbram além da cidade,o castelo, os arrozais, a ponte ferroviária, tudo sob um céu outonal. 

Como sempre nestes casos ficou-me a pena de não ter tempo de visitar Alcácer e as suas belezas, como por exemplo o Castelo e algumas outras importantes relíquias que a cidade guarda na parte velha do burgo.
 Será outro dia.


      

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Alcácer do Sal

Alcácer do Sal
 
 
 
Alcácer do Sal é uma cidade portuguesa pertencente ao distrito de Setúbal, região Alentejo e sub-região do Alentejo Litoral, com cerca de 6 700 habitantes. É sede do segundo mais extenso município português, com 1 499,87 km² de área mas apenas 13 046 habitantes, subdividido em 4 freguesias. O município é limitado a norte pelos municípios de Palmela, Vendas Novas e Montemor-o-Novo, a este por Viana do Alentejo e Alvito, a sudeste por Ferreira do Alentejo, a sul e oeste por Grândola e a noroeste, através do Estuário do Sado, por Setúbal.
  • Área: 1 480 km² (571,4 milhas quadradas)

2.11.11

CASCAIS E O TERRAMOTO DE 1755


 PASSARAM 256 ANOS

Como é do conhecimento geral no dia 1º de Novembro de 1755 registou-se um abalo de terra em Portugal continental do qual resultaram prejuizos humanos e materiais de elevada monta.
Em Lisboa há registos de 60.000 mortos em consequência directa do sismo e do sobsequente maremoto.Embora não houvesse registos na altura, admite-se ter o abalo atingido o grau nove da escala de Richter tendo sido sentido até na Austria onde " tremeram " os lustres. No que a Cascais diz respeito encontrei a seguinte informação:

   
As memórias Paroquiais, bem como as respostas dos reitores às questões levantadas pelas autoridades após o terramoto de 1755, (...) A existência de uma torre com relógio, que desapareceu nessa ocasião, bem como a utilidade e a forma de utilização do espaço interno das muralhas do castelo, vêm bem expressas nas palavras do padre Marçal da Silveira : " Está esta vila sem relógio porque este, e sua grande torre feita pelos mouros, que se fez em cinzas. O Palácio dos Marqueses de Cascais que era de uma excelente prespectiva, e de esquisitas pinturas, com uma bela ermida, desconhece-se tudo pelo que foi e já não é ( ...) Nesta freguesia há um castelo, cujo hoje está todo cheio de moradores e para nada serve mais, porém ainda se lhe conservam algumas ameias, cuja fica para as bandas da ribeira, pegando com os palácios dos Marqueses de Cascais " .


 * 1
 (...) Em termos de edificações de carácter sacro, seriam várias as existentes em Cascais durante a época moderna. No entanto, devido ao terramoto de 1755, a grande maioria delas terá sido destruída, dando lugar a reconstruções que, de acordo com os dados recolhidos no terreno, as terão transformado naquilo que hoje são. Segundo o Reitor da Igreja Matriz de Cascais, padre Manuel Marçal da Silveira, nada sobrou do terramoto, e o que se manteve em pé, estava em tais condições que mais valia destruir para construir de raiz do que aproveitar aquelas ruínas; " A vila ficou toda arruinada até ao chão. Não há casa, que ou não caísse em terra, ou não ficasse abalada, ameaçando ruína. Os templos, a ponte, a cidadela, e os seus quarteis, tudo está demolido, e feito em pó. A maior parte da vila habita ainda em barracas fora, e dentro do destrito, a ponte está com um só arco em pé, e se não passa por ela, e tudo em última ruína, sem que se reparasse ainda nada, sómente algumas casas se teem levantado, poucas, ao mesmo tempo que outras, com as tempestades e ventos se teem acabado de postrar.

 Do Reitor da Igreja da Freguesia da Ressureição, a segunda Freguesia de Cascais e situada no espaço extra -muros, sabemos que foi esta uma das mais afectadas Freguesias do País, com a catástrofe do terramoto de 1755:

 " De todas as terras foi esta que experimentou maior ruína ( Conforme dizem todos ) por causa do dito terramoto, pois todos os edifícios se arruinaram, e quase todos cairam, e algum que não caiu ficou de todo inabitável,(...)*

Os asteriscos * que assinalo em 1 e 2  pretendo com eles registar que alterei a grafia da época para cómoda leitura, embora tenha mantido as virgulas e pontuações afim de manter algo dos textos originais.
 Recorri à consulta da obra de João Anibal Henriques " Subsídios Monográficos para uma História Rural Cascalense " para ajudar a elaborar este texto .


Sismo de Lisboa de 1755

Sismo de Lisboa de 1755
 
 
O Sismo de 1755, também conhecido por Terremoto de 1755, ocorreu no dia 1 de novembro de 1755, resultando na destruição quase completa da cidade de Lisboa, especialmente na zona da Baixa, e atingindo ainda grande parte do litoral do Algarve e Setúbal. O sismo foi seguido de um maremoto - que se crê tenha atingido a altura de 20 metros - e de múltiplos incêndios, tendo feito certamente mais de 10 mil mortos. Foi um dos sismos mais mortíferos da história, marcando o que alguns historiadores chamam a pré-história da Europa Moderna. Os sismólogos estimam que o sismo de 1755 atingiu magnitudes entre 8,7 a 9 na escala de Richter.
  • Acidentes Mortais: 30 000
  • Data: 01/11/1755