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12.7.11

OSGA

  Acabava de me deitar, estando  calma e tranquilamente a ler como sempre tento fazer antes de adormecer, quando a pacatez do lugar foi interrompida por um alarido sobressaltado.

   " Ás armas, ás armas...dizia do outro lado da porta a Céu demorando escassos segundos a refugiar-se no quarto em desespero evidente. 

Urgia deslocar-me à casa de banho pois estava lá a causa desta desesperante situação e ao que parece a espreitar pela janela do exterior. 

Saltei de imediato dado que pouco antes tomara banho e urgia retirar a câmara fotográfica ao " paparazzi " antes que a minha foto " em pelota " surgisse escarrapachada em tudo quanto é revista do jet - set, pensei logo.

 Se bem o pensei melhor o fiz. Mas, oh inclemência, oh desdita cruel, já não fui a tempo.

 O,  ou A  Tarentola Mauritanica desaparecera.

 E agora que fazer ???

   Comunicar o caso a desmentir a minha presença no local pouco antes?

 Não...aceitar os factos e resignar-me ao facto de ter deixado a luz acessa com isso atraindo algum insecto que certamente teria mais interesse do que eu para a Mauritanica.

 Agora a ser assim teria de esclarecer com a Céu o porquê da janela aberta.
 Já sei!
 Foi para sair o vapor de água do banhinho...


OSGA JUVENIL ( foto de J.P.L. Ano 2011 )
      Não me livrei de algumas  " recomendações " e fiquei ciente pela  enésima vez da autêntica fobia, quase pânico que algumas pessoas, por demais sensatas e equilibradas mentalmente sentem quando se deparam com tão singular animalzinho.

   Falemos um pouco da Osga. 
Por demais útil dado a sua alimentação ser quase exclusivamente baseada em insectos que captura em terrenos de caça que, habitual ou usualmente se encontram perto de habitações humanas.

 A luz artificial atrai a bicharada alada à qual a inofensiva osga  está atenta.

 Devíamos prestar-lhe o maior respeito e gratidão e não como sucede na maioria dos casos afastá-la  violentamente.

   Caracteristica humana esta de maltratar o que nos ajuda.
 Ocorre-me de quando criança ouvir dizer que as corujas ( Titus Alba ) bebiam o azeite das lamparinas que nesses tempos iluminavam as igrejas ou modestas habitações
. Como convencer o rústico que as pobres aves, tais como as osgas, aproximavam-se da luz única e exclusivamente para capturar borboletas ou demais insectos que em volta dela orbitavam.

 Se calhar queriam que o fogo, para manter a candeia acessa durante a noite, consumisse só oxigénio!!!

  Na base destas santas ignorâncias quantos atentados ao património natural?
 Hoje, embora não conste da lista de espécies ameaçadas a osga rareia dado ser cada vez menor o seu habitat natural. 

Casas velhas, muros de pedras soltas, troncos de àrvores e algum local isolado. Fogem do contacto humano pois são animais tímidos.

  A Céu que me perdoe mas ao contrário do que me tenta fazer crer recuso-me a achar feia tão humilde e simpática criatura. 

Aceito que a natureza não a dotou de uma beleza estonteante é certo...mas a sua beleza, quanto a mim, está no seu coraçãozinho de ouro que nos ajuda a livrar de melgas, mosquitos e demais parasitas a troco de quê ?

 Não a incomodar ou maltratar, já é sermos reconhecidos.



OSGA . A NOSSA MAURITANICA ( Foto de J.P.L. Ano 2011 )
 
  
  1. Osga - Comum

    Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
     
    Como ler uma infocaixa de taxonomiaOsga-moura
    Osga-moura
    Osga-moura
    Estado de conservação
    Espécie pouco preocupante
    Pouco preocupante (IUCN 3.1) [1]
    Classificação científica
    Reino: Animalia
    Filo: Chordata
    Classe: Reptilia
    Ordem: Squamata
    Subordem: Sauria
    Família: Gekkonidae
    Subfamília: Gekkoninae
    Género: Tarentola
    Nome binomial
    Tarentola mauritanica
    L., 1758
    Distribuição geográfica
    Mapa de distribuição
    Mapa de distribuição
    Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:
    Commons Imagens e media no Commons
    Wikispecies Diretório no Wikispecies
    A osga-moura ou osga-comum[2] (Tarentola mauritanica) é uma espécie de osga que é vulgarmente encontrada em Portugal.

     É uma osga de tamanho médio, atingindo cerca de 8,5 cm. Tem um aspecto achatado, com uma grande cabeça bem destacada do corpo, com olhos grandes e redondos. 

    Ao contrário do que muitas pessoas pensam, as osgas são inofensivas: não são venenosas nem provocam qualquer doença dermatológica (o chamado "cobro" mais não é que zona, uma virose provocada por uma variante do herpesvírus que também causa a varicela e que nada tem que ver com a osga ou outro sáurio).[3] 


     As osgas são até muito benéficas pois alimentam-se de vários insectos (incluindo moscas e mosquitos) e de aranhas, contribuindo para o controlo destas espécies. 

    Distribuição

    Vivem em toda a Península Ibérica. Em Portugal são abundantes no Centro e Sul do país, sendo muito raras no Norte.
    Gostam de viver em zonas rochosas ou pedregosas, no entanto também se dão bem em zonas urbanas, onde aparecem principalmente em muros, habitações velhas ou troncos apodrecidos, mas também em casas habitadas.


    Hibernam entre Novembro e Fevereiro.
     De inverno, antes de hibernar, aparecem de dia pois gostam de apanhar um pouco de sol; no verão só aparecem de noite, para evitar as horas de mais calor.

    Alimentação

    A sua alimentação é feita à base de baratas, formigas normalmente de asa, aranhas, escaravelhos, moscas, mosquitos e traças. No verão, à noite, posicionam-se perto de luzes à espera dos insectos que são atraídos por estas. As osgas às vezes conseguem aguentar cerca de 1 mês sem comer.[carece de fontes]

    Reprodução

    Normalmente reproduzem-se duas vezes por ano, uma em Março/Abril e outra em Junho/Julho. Nestas alturas apresentam um comportamento territorial muito acentuado.[carece de fontes]
    A deposição dos ovos é feita em grupo, aparecendo no mesmo local ovos de fêmeas diferentes.[carece de fontes]

    Conservação

    As pessoas pouco esclarecidas pensam que estes animais são perigosos e venenosos, e por essa razão sempre que as vêem tentam matá-las, o que põe em causa a sobrevivência desta espécie. Um dos meios para ajudar à preservação desta espécie passa pela sensibilização das pessoas para a utilidade da mesma como forma de controlar a população de insectos.[carece de fontes]

    Galeria de imagens

    Referências


  2. Lista Vermelha da IUCN. «Tarentola mauritanica (Common Wall Gecko, Moorish Gecko)». 2009. Consultado em 13 de abril de 2015

  3. Pinto, B. (2010). Guia de campo – Dia B, 22 Maio de 2010, bioeventos.

  4. Rádio Nova Antena. «A osga e seus benefícios.». 19 de Março de 2014