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28.6.11

ANTERO DE QUENTAL

                                                        

                                                       
                                                        Conheci a beleza que não morre
                                                        E fiquei triste. Como quem da serra
                                                        Mais alta que haja, olhando aos pés a terra
                                                        E o mar, vê tudo, a maior nau ou torre,




                                                        Minguar, fundir-se, sob a luz que jorre;
                                                        Assim eu vi o mundo e o que ele encerra
                                                        Perder a cor, bem como a nuvem que erra
                                                        Ao pôr do sol e sobre o mar discorre.




                                                        Pedindo à forma, em vão, a ideia pura,
                                                        Tropeço, em sombras, na matéria dura,
                                                        E encontro a imperfeição de quanto existe




                                                         Recebi o baptismo dos poetas,
                                                         E assentado entre as formas incompletas
                                                         Para sempre fiquei pálido e triste.
                                                                                                             


                                              * Antero de Quental

Antero de Quental

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
.
Antero de Quental
Antero de Quental, poeta açoreano c. 1887
Nome completo Antero Tarquínio de Quental
Nascimento 18 de abril de 1842
Ponta Delgada, Açores, Portugal
Morte 11 de setembro de 1891 (49 anos)
Ponta Delgada, Açores, Portugal
Nacionalidade Português
Alma mater Universidade de Coimbra
Ocupação Escritor
Principais trabalhos Sonetos de Antero (1861)
Beatrice e Fiat Lux (1863)
Odes Modernas (1865)
Bom Senso e Bom Gosto (1865)
A Dignidade das Letras e as Literaturas Oficiais (1865)
Defesa da Carta Encíclica de Sua Santidade Pio IX (1865)
Portugal perante a Revolução de Espanha (1868)
Primaveras Românticas (1872)
Considerações sobre a Filosofia da História Literária Portuguesa (1872)
A Poesia na Actualidade (1881)
Sonetos Completos (1886)
A Filosofia da Natureza dos Naturistas (1886)
Tendências Gerais da filosofia na Segunda Metade do Século XIX (1890)
Raios de extinta luz (1892)
Movimento literário Questão Coimbrã, Geração de 70
Carreira musical
Período musical 1861 - 1891
Assinatura
Assinatura Antero de Quental.svg
Antero Tarquínio de Quental (Ponta Delgada, 18 de abril de 1842Ponta Delgada, 11 de setembro de 1891[1]) foi um escritor e poeta português do século XIX que teve um papel importante no movimento da Geração de 70.

Biografia

Nascido na Ilha de São Miguel (Açores, filho do combatente liberal Fernando de Quental {Solar do Ramalho — do qual mandou tirar a pedra de armas da família —, 10 de maio de 1814 — Ponta Delgada, Matriz, 7 de março de 1873) e de sua mulher Ana Guilhermina da Maia (Setúbal, 16 de julho de 1811 — Lisboa, 28 de novembro de 1876). O casal teve sete filhos, sendo Antero o quarto, numa família onde proliferavam as mortes prematuras e a loucura.[2]
Durante a sua vida, Antero de Quental dedicou-se à poesia, à filosofia e à política. Deu início aos seus estudos na cidade natal, mudando-se para Coimbra aos 16 anos, ali estudando Direito e manifestando as primeiras ideias socialistas. Fundou em Coimbra a Sociedade do Raio, que pretendia renovar o país pela literatura.
Em 1861, publicou os seus primeiros sonetos. Quatro anos depois, publicou as Odes Modernas, influenciadas pelo socialismo experimental de Proudhon, enaltecendo a revolução. Nesse mesmo ano iniciou a Questão Coimbrã, em que Antero e outros poetas foram atacados por António Feliciano de Castilho, por instigarem a revolução intelectual. Como resposta, Antero publicou os opúsculos Bom Senso e Bom Gosto, carta ao Exmo. Sr. António Feliciano de Castilho, e A Dignidade das Letras e as Literaturas Oficiais.
Ainda em 1866 mudou-se para Lisboa, onde experimentou a vida de operário, trabalhando como tipógrafo, profissão que exerceu também em Paris, entre janeiro e fevereiro de 1867.
Em 1868 regressou a Lisboa, onde formou o Cenáculo, de que fizeram parte, entre outros, Eça de Queirós, Abílio de Guerra Junqueiro e Ramalho Ortigão.
Foi um dos fundadores do Partido Socialista Português.
De 1869 data a sua viagem à América, com partida do Porto, a bordo do patacho Carolina, do seu amigo algarvio Joaquim de Almeida Negrão. Sabe-se que visitou primeiro Halifax, no Canadá, e depois Nova Iorque, onde permaneceu cerca de um mês. Desta viagem, que terá sido atribulada, não ficou nenhum testemunho da autoria de Antero, mas apenas os relatos feitos anos depois por Joaquim Negrão, que alguns hoje consideram parcialmente desmemoriado ou fantasista.[3]
Em 1870, fundou em Lisboa o jornal A República - Jornal da Democracia Portuguesa, com Oliveira Martins.
Em 1871, encontramo-lo a reunir-se em Lisboa com delegados da Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT) para apresentar as ideias anarquistas.[4]
Nessa altura, em Maio do mesmo ano, igualmente participa numa conferência Iberista e aí apresenta um polémico discurso em que tenta explicar as razões do atraso português, e do espanhol, desde o século XVII.[5]
Ele, juntamente com José Fontana, em 1872, passou a editar a revista O Pensamento Social.
Colaborou igualmente em diversas outras publicações periódicas, nomeadamente: A Esperança [6] (1865-1866), Renascença [7] (1878-1879?), O Pantheon [8] (1880-1881), Branco e Negro (1896-1898), Contemporânea (1915-1926), A imprensa (1885-1891), O Thalassa (1913-1915) e, a título póstumo, no periódico O Azeitonense [9] (1919-1920).
Em 1873 herdou uma quantia considerável de dinheiro, o que lhe permitiu viver dos rendimentos dessa fortuna. Em 1874, com tuberculose, descansou por um ano, mas em 1875, fez a reedição das Odes Modernas.
Em 1879 mudou-se para o Porto, e em 1886 publicou aquela que é considerada pelos críticos como a sua melhor obra poética, Sonetos Completos, com características autobiográficas e simbolistas.
Em 1880, adoptou as duas filhas do seu amigo, Germano Meireles, que falecera em 1877. Em setembro de 1881 foi, por razões de saúde e a conselho do seu médico, viver em Vila do Conde, onde residiu até maio de 1891, com pequenos intervalos nos Açores e em Lisboa. O período em Vila do Conde foi considerado pelo poeta o melhor da sua vida: "Aqui as praias são amplas e belas, e por elas me passeio ou me estendo ao sol com a voluptuosidade que só conhecem os poetas e os lagartos adoradores da luz." [10]
Em 1886 foram publicados os Sonetos Completos, coligidos e prefaciados por Oliveira Martins. Entre março e outubro de 1887, permaneceu nos Açores, voltando depois a Vila do Conde. Devido a essa sua estadia, foi fundado nesta cidade, em 1995, o "Centro de Estudos Anterianos"



Local do suicídio de Antero de Quental junto ao Convento de Nossa Senhora da Esperança em Ponta Delgada, na ilha de S. Miguel, nos Açores.




Em 1890, devido à reacção nacional contra o ultimato inglês, de 11 de janeiro, aceitou presidir à Liga Patriótica do Norte, mas a existência da Liga foi efémera. Quando regressou a Lisboa, em maio de 1891, instalou-se em casa da irmã, Ana de Quental. Portador de distúrbio bipolar, nesse momento o seu estado de depressão era permanente. Após um mês, em junho de 1891, regressou a Ponta Delgada, cometendo suicídio no dia 11 de setembro de 1891, com dois tiros, num banco de jardim junto ao Convento de Nossa Senhora da Esperança, onde está na parede a palavra "Esperança", no Campo de São Francisco, cerca das 20:00 horas.
Os seus restos mortais encontram-se sepultados no Cemitério de São Joaquim, em Ponta Delgada.[11]
Foi impressa uma nota de 5.000$00 Chapas 2 e 2A de Portugal com a sua imagem.

Análise da obra



Properly speaking there has been no Portuguese literature before Antero de Quental;
before that there has been either a preparation for a future literature,
or foreign literature written in the Portuguese language.
Fernando Pessoa[12]


A poesia de Antero de Quental apresenta três faces distintas:
  • A das experiências juvenis, em que coexistem diversas tendências;
  • A da poesia militante, empenhada em agir como “voz da revolução”;
  • E a da poesia de tom metafísico, voltada para a expressão da angustia de quem busca um sentido para a existência.
A oscilação entre uma poesia de combate, dedicada ao elogio da acção e da capacidade humana, e uma poesia intimista, direcionada para a análise de uma individualidade angustiada, parece ter sido constante na obra madura de Antero, abandonando a posição que costumava enxergar uma sequência cronológica de três fases.
Antero atinge um maior grau de elaboração em seus sonetos, considerados por muitos críticos uns dos melhores da língua e comparados aos de Camões e aos de Bocage. Há, na verdade, alguns pontos de contato estilísticos e temáticos entre esses três poetas: os sonetos de Antero têm inegável sabor clássico, quer na adjetivação e na musicalidade equilibrada, ou na análise de questões universais que afligem o homem.

Obras

  • Sonetos de Antero, 1861
  • Beatrice e Fiat Lux, 1863
  • Odes Modernas, 1865 (na origem da polémica Questão Coimbrã). Reeditadas em 1875.
  • Bom Senso e Bom Gosto, 1865 (opúsculos)
  • A Dignidade das Letras e as Literaturas Oficiais, 1865 (na origem da polémica Questão Coimbrã)
  • Defesa da Carta Encíclica de Sua Santidade Pio IX, 1865
  • Portugal perante a Revolução de Espanha 1868 (eBook)
  • Causas da decadência dos povos peninsulares, 1871
  • Primaveras Românticas, 1872
  • Considerações sobre a Filosofia da História Literária Portuguesa, 1872 (eBook)
  • A Poesia na Actualidade, 1881
  • Sonetos Completos, 1886 (eBook)
  • A Filosofia da Natureza dos Naturistas, 1886 (eBook)
  • Tendências Gerais da filosofia na Segunda Metade do Século XIX, 1890
  • Raios de extinta luz, 1892 (eBook)
  • A Bíblia da Humanidade (eBook)
  • Leituras Populares (eBook)
  • Liga Patriótica do Norte (eBook)
  • Prosas

Referências


  1. Fernando Pessoa, Carta a William Bentley, 1915.in Correspondência 1905-1922, ed. Manuela Parreira da Silva, Lisboa, Assírio & Alvim, 1999, p. 197, ISBN 972-37-0505-2.

Bibliografia

  • SÁ, Victor de. Antero de Quental. Braga, ed. do autor, 1963. Coleção Cultura e Ação, n.º 8.
  • Literatura Portuguesa no Mundo "Dicionário Ilustrado"(vol. 10) ISBN 972-0-01251-X
  • VÁRIOS (2000). Nova Enciclopédia Barsa. [S.l.]: Encyclopædia Britannica do Brasil. Volume 12, ISBN 85-7026-492-5

Ver também

Ligações externas

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  • Carlos Loures. Antero de Quental - www.vidaslusofonas.pt. [S.l.: s.n.] Arquivado do original em 27 de junho de 2012

  • Revista COLóQUIO/Letras N.º 123/124 (Jan. 1992). A doença de Antero: Influência da relação Mãe-Filho, pág. 53.

  • Antonio Arroyo, em A Viagem de Antero de Quental á América do Norte (Porto: Renascença Portuguesa, 1916), baseia-se nos relatos feitos por Joaquim Negrão a Bulhão Pato e a ele próprio; Ana Maria Almeida Martins, em Antero de Quental e a Viagem à América. Remando contra a Maré (Lisboa: Tinta-da-China, 2011), questiona vários pontos da história de Negrão e do livro de Arroyo, mas não acrescenta novas informações sobre a estadia de Antero na América.

  • «Anarquismo em Portugal, Carlos Fontes, afilosofia.no.sapo.pt». Consultado em 21 de julho de 2013. Arquivado do original em 7 de março de 2014

  • Discurso de Antero Quental, Portal da História, Manuel Amaral 2000-2010

  • Helena Roldão (26 de fevereiro de 2016). «Ficha histórica: A esperança : semanario de recreio litterario dedicado ás damas» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 11 de abril de 2016

  • Helena Roldão (3 de outubro de 2013). «Ficha histórica: A renascença : orgão dos trabalhos da geração moderna» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 31 de março de 2015

  • Helena Roldão (25 de Maio de 2013). «Ficha histórica: O pantheon: revista de sciencias e lettras (1880-1881)» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 9 de Fevereiro de 2015

  • Jorge Mangorrinha (1 de abril de 2016). «Ficha histórica:O Azeitonense: orgão independente defensor dos interesses de Azeitão (1919-1920)» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 18 de setembro de 2016

  • Quental, Antero (1881), "Carta a Jaime Batalha Reis", em: Martins, Ana Maria Almeida ([1989) "Antero de Quental, Cartas, Volumes I e II", Ponta Delgada: Universidade dos Açores / Ed. Comunicação.

  • "Homenagem Antero de Quental 1841-1891". Correio dos Açores, ano 91, nº 26.928, 10 set 2011. p. 32.

  •                                                          

    25.6.11

    SERRA DE SINTRA E O RISCO DE INCÊNDIO

    RISCO DE INCÊNDIO FLORESTAL. ( Foto de J.P.L.  24 de  junho 2011 )




    Ao passar pelos cruzamento dos Capuchos, ontem, dia vinte e quatro deparei com este painel colocado havia pouco tempo. Útil e esclarecedor. 24 - DE JUNHO DE 2011    

    SERRA DE SINTRA. CRUZAMENTO DOS CAPUCHOS ( foto de J.P.L. 24 de Junho de 2011 )
                                                             





    INFORMAÇÃO A CONSIDERAR. ( Foto de J.P.L. 25 Junho de 2011 )





    ENTRETANTO EM 2020, A SITUAÇÃO É A QUE SE REGISTA SOB ESTAS LINHAS.




    Resposta a situação de perigo de incêndio na Serra de Sintra | Acessos Interditos

    Atendendo às condições meteorológicas adversas verificadas e ao elevado risco de incêndio florestal foram hoje ativadas as 6 cancelas existentes no perímetro florestal sul da Serra de Sintra. A situação mantém-se até às 23h59 de 17 de julho (sexta-feira).

    As seis cancelas existentes, colocadas nos locais indicados na proposta 279/-P/2020, estão acionadas e estes acessos permanecem encerrados enquanto se mantiver a situação de risco de incêndio elevados.
    Zonas de acesso interdito por cancelas:

    • Cruzamento da Azóia;
    • Caminho da Urca / Pedras Irmãs;
    • Cruzamento dos Capuchos - acesso ao Monge;
    • Cruzamento dos Capuchos - acesso ao cruzamento da Portela;
    • Cruzamento da Portela - acesso ao cruzamento dos Capuchos;
    • Cruzamento da Portela - acesso à Azóia.
    A passagem nestes locais está interdita (exceto a veículos de emergência, proteção civil e entidades que integrem esse sistema).
    Encontram-se reforçados e no terreno os meios de proteção civil, militares e forças de segurança.







    23.6.11

    SANTA EUFÉMIA. ERMIDA NA SERRA DE SINTRA

    SANTA EUFÉMIA ( Foto de J.P.L. Ano 2011 )
                                               

        Santa Eufémia da Serra é uma denominação pertencente à mesma família de topónimos em que se encontram as Senhoras da Rocha, da Penha,da Pena e da Peninha, da Lapa etc...






    CAPELA DE SANTA EUFÉMIA ( Foto de J.P.L. Junho de 2011 )



     Nomenclatura feminina que nos aponta, muito provavelmente, origem pré-histórica quando se cultava a Grande Deusa.







    PAINEL DE AZULEJOS ( PROTEGIDO POR GRADEAMENTO )    ( Foto de J.P.L. Ano 2011 )



      Ora, esse culto matriarcal teve em Sintra grande expressão, sobretudo à Deusa Lunar Tripla,








    CASA BEM RÚSTICA COLADA À PAREDE DA CAPELA. ( Foto de J.P.L. Junho de 2011 )
     






     E o lugar de Santa Eufémia é rico em tradição sagrada e vestígios arqueológicos.


    *  Câmara Municipal de Sintra.






     
    S. EUFÉMIA        ( Foto de J.P.L. Ano de 2011 )

    FRONTARIA PRINCIPAL DA CAPELA  ( Foto de J.P.L. Ano 2011 )

    AZULEJOS QUE NARRAM O MILAGRE ALI OCORRIDO  ( Foto de J.P.L. Ano 2011 )

    HUM DEVOTO ESTRANGEIRO MANDOU RE-EDIFICAR ESTA CAPPELA EM 1876  ( Foto de J.P.L. Junho de 2011 ) 

        

    A FONTE DE ÁGUA DE QUALIDADE TERAPÊUTICA  ( Foto de J.P.L. em 2011 )


     Ontem de manhã decidi ir  desde casa até à serra, como faço muitas vezes.
     Atravessei montes e vales e decidi ir lá ao alto, a S. Pedro de Sintra, onde no topo de um monte de dificílima escalada em bicicleta se chega à Ermida de S. Eufémia.
    Fiquei maravilhado com as obras de restauro que nela fizeram.
      Apesar do decorrer dos séculos ainda se pode admirar esta vetusta edificação.
     Apenas pelo exterior, pois o acesso ao interior do templo está vedado.
    Mesmo assim vale a visita nestes dias de Verão.
    Se levarmos merenda este recinto tem um amplo parque de estacionamento e um acolhedor cantinho com mesas e bancos.
     Convém notar que a fonte a que recorreram os nossos antepassados em busca de cura para as suas maleitas físicas está seca e encerrada, apesar disso, ou por isso, no interior do gradeamento que vemos acima.
     No painel de azulejos pode ler-se em escrita antiga as qualidades daquela água de antanho. Males do fígado,dos rins, da pele eram aqui resolvidos.
       É um local a visitar mas, atenção.
     Regra geral temos por lá vento fresco e humidade.
     Se ver  sobre a Serra de Sintra alguma névoa vou  preparado para essa contingência. Se o aspecto for límpido não há que hesitar.  A ter em conta também a íngreme subida para lá chegar.
     Mesmo de automóvel é sempre em 3ª ou 2ª velocidades.
     Cá o rapaz gosta muito de ali ir  e usufruir depois da restante serra.
     Enquanto tiver força e saúde.
    Neste momento já cá vão cinquenta e seis primaveras

    !
    PARQUE DAS MERENDAS  DE SANTA EUFÉMIA  HOJE 23 DE JUNHO DE 2011 ( Foto de J.P.L. Ano 2011 )
                                               
     

    MOVIMENTO PERPÉTUO ASSOCIATIVO


                 
                                                                 
                                                Agora sim, vamos dar a volta a isto !
                                                Agora sim, há pernas para andar !
                                                Agora sim, eu sinto o optimismo !
                                                Vamos em frente, ninguém nos vai parar.


                                                - Agora não, que é hora do almoço...
                                                - Agora não, que é hora do jantar...
                                                - Agora não, que eu acho que não posso...
                                                - Amanhã vou trabalhar.


                                                Agora sim, temos a força toda !
                                                Agora sim, há fé neste querer !
                                                Agora sim, só vejo gente boa !
                                                Vamos em frente e havemos de vencer.
                                                                         

                                                                          

                                                - Agora não, que me dói a barriga...
                                                - Agora não, dizem que vai chover...
                                                - Agora não, que joga o Benfica...
                                                  E eu tenho mais que fazer.
                                              
                                             
                                              
                                                   Agora sim, cantamos com vontade !
                                                   Agora sim, eu sinto a união !
                                                   Agora sim, já ouço a liberdade !
                                                   Vamos em frente e é esta a direcção.
                                              
                                                
                                                 - Agora não, que falta um impresso...
                                                 - Agora não, que o meu pai não quer...
                                                 - Agora não, que há engarrafamentos...
                                                   Vão sem mim que eu vou lá ter.
                                                   Vão sem mim que eu vou lá ter
                                                         
                                                                                    
                                                                              



     Letra ; Pedro da Silva Martins
     Interpretação; Deolinda.
      


                                                
                                             

    21.6.11

    GOVERNO VELHO. GOVERNO NOVO ? XUTOS E PONTAPÉS

     Gostaria de deixar aqui um ponto de vista  traduzido numa das muitas canções dos Xutos e Pontapés
     cuja letra,  por demasiado explícita, causou mal estar  no Governo. Consta-se que devido a isto o grupo sentiu a pressão incómoda da " democracia " daqueles senhores.

     De tal forma que a canção só raras vezes passava nas rádios.
       
    A  LETRA, PARA QUE CONSTE, É A SEGUINTE.

                                           
             Anda tudo do avesso nesta rua que atravesso. Dão milhões a quem os tem, aos outros um passou bem.
         
    Não consigo perceber quem é que nos quer tramar, enganar, despedir e ainda se ficam a rir.
         
    Eu quero acreditar que esta merda vai mudar. Espero vir a ter uma vida bem melhor.
           
    Mas, se eu nada fizer, isto nunca vai mudar.
         
    Conseguir encontrar, mais força para lutar.
           
    Senhor engº dê-me um pouco de atenção, há dez anos que estou preso, há trinta que sou ladrão...
         
    Não tenho eira nem beira mas ainda consigo ver quem  anda na roubalheira e quem me anda a comer.
         
    É difícil ser honesto, é difícil de engolir.
         
    Quem não tem nada vai preso.
           
    Quem tem muito fica a rir.
         
    Ainda espero ver alguém  assumir que já andou a roubar, enganar o Povo que acreditou !!!!


             LETRA E INTERPRETAÇÃO - XUTOS E PONTAPÉS.
             ANO 2011                   

                                             

    Xutos & Pontapés

    Banda de rock
     
     
    Xutos & Pontapés
     
     
    Os Xutos & Pontapés são uma banda portuguesa de rock formada no final do ano de 1978. 
    Em dezembro de 1978, Zé Pedro, Kalú, Tim e Zé Leonel formam a banda Delirium Tremens em Lisboa.
     Pouco depois, mudaram o nome da banda para "Beijinhos e Parabéns" e, finalmente, escolheram como nome definitivo "Xutos & Pontapés".
     Realizando o seu primeiro ensaio na Senófila, o seu primeiro concerto foi em 13 de Janeiro de 1979, com Zé Leonel na voz, Tim no Baixo, Zé Pedro na guitarra e Kalú na bateria, na sala Alunos de Apolo para a comemoração dos 25 anos do Rock & Roll.